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sábado, 22 de outubro de 2011

Consultor da Fifa acompanha obras no Brasil ao estilo "Big Brother"

Depois de anunciada a tabela da Copa do Mundo, as datas e os locais dos jogos, com as suas respectivas sedes, vai aumentar a pressão para que os 12 estádios sejam concluídos no tempo determinado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Os recados foram claramente dados tanto pelo secretário executivo da entidade, Jerome Valcke, quanto pelo presidente do Comitê Organizador e da CBF, Ricardo Teixeira. A espécie de pito, que chegou a irritar a presidente Dilma Rousseff, teve os estádios de Salvador e de Recife como alvos, mas engana-se quem pensa que está livre da mira da Fifa.

A federação, que já funcionava como uma fiscal do andamento das arenas, agora vai se tornar ainda mais rigorosa com a cobrança no ritmo das obras, especialmente no que se refere ao Itaquerão, palco da abertura do Mundial.

E isso não é força de expressão. Dentro da Fifa, essa fiscalização está a cargo do consultor Charles Botta. Dentro de uma das salas do imenso prédio da federação, em Zurique, Botta controla o andamento de todas as arenas por meio de relatórios, fotos e vídeos. Isso, quando não está nos locais das obras, colhendo, ele próprio, as informações. Se algum estádio acender um sinal de alerta, essa luz pisca primeiro no tecnológico escritório do consultor.

Botta já havia feito o mesmo trabalho na Copa da África do Sul, no período que antecedeu o Mundial de 2010. Cada passo nas obras é avaliado diretamente pela entidade com o controle de tudo o que acontece nos estádios das cidades escolhidas para receber jogos. São feitas vistorias esporádicas e análise de relatórios enviados pelos consórcios de empresas responsáveis pelos empreendimentos.

Nos corredores da Fifa, há uma preocupação nítida com o ritmo de algumas obras em determinadas cidades sedes. Salvador e Recife foram citadas publicamente, mas há dúvidas quanto à real situação de Rio Grande do Sul e de São Paulo. A grande expectativa com a conclusão do estádio do Corinthians decorre de um cronograma antecipado para a abertura da Copa. A arena vai receber seis partidas, inclusive uma semifinal. Mas o que é determinante para que a entidade esteja com um pé atrás é a estreia do Mundial. Isso porque o Itaquerão, na condição de dono da partida inaugural, precisa estar verdadeiramente pronto num prazo de pelo menos quatro meses antes do jogo, para que seja preparada a festa de abertura.

Com capacidade para 68 mil torcedores, a arena ainda está em fase inicial de terraplanagem. A previsão de conclusão é dezembro de 2013, sete meses antes do início da Copa. Se houver algum imprevisto, o Itaquerão pode se complicar. Além da estreia, o estádio sediará ainda outros cinco jogos. Por causa do atraso, São Paulo ficou fora da Copa das Confederações.

De Zurique

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