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domingo, 7 de março de 2010

Em evento oficial na Bahia, Lula cantarola para promover Dilma


Do alto de um palanque em Juazeiro, no sertão baiano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cantarolou ontem uma musiquinha com conotação eleitoral: "Um Lulinha incomoda muita gente, uma Dilminha incomoda muito mais".
A ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, estava ao lado de Lula. Veja o vídeo
A viagem presidencial era para entregar os primeiros lotes a agricultores familiares de um programa de irrigação para investimento em fruticultura. No palanque, o próprio Lula afirmou, quando a plateia gritou "Dilma, Dilma", que não poderia falar de campanha.
Mas ele fez um balanço de seu governo e disse que suas realizações causam incômodo aos opositores.
"Esse país começou a mudar, e isso incomoda muita gente. É só acompanhar os meios de comunicação que você vê como incomoda. Se eles pudessem, cantavam todo dia: 'Um Lulinha incomoda muita gente, uma Dilminha incomoda muito mais'", disse e cantarolou, arrancando risos da plateia.
"Eles passaram oito anos falando mal de mim e agora começam a falar: 'O Lula é maravilhoso'", afirmou o presidente, referindo-se ao fato de estar em fim de mandato. "E a Dilma?", questionou Lula.

Entrevista
Pouco antes, no aeroporto da vizinha Petrolina (PE), Lula, em entrevista ao vivo para duas rádios, passou o microfone para que Dilma também falasse.
Os radialistas disseram ao presidente que há temor na região de que usinas nucleares sejam instaladas em Juazeiro e Petrolina. Lula, então, deixou que Dilma respondesse.
Dilma disse que ainda não há lugar definido para a construção de novas usinas, mas falou do uso da energia nuclear na medicina, "para que as pessoas tenham saúde", e citou seu tratamento de um câncer (linfoma) finalizado há seis meses.
Depois, de forma didática e usando linguagem simples, Dilma falou da importância da usina nuclear para gerar energia e justificou os recentes apagões, mas comparando-os aos do governo FHC --que ela não nominou. Citou apenas o período, entre 2001 e 2002.
Disse que naqueles anos faltou energia por problema de geração e que as pessoas "não podiam abrir um supermercado, uma lojinha, construir um shopping ou uma fábrica".
Os problemas recentes, disse Dilma, ocorreram por interrupção em um ponto dos 100 mil quilômetros de linhas de transmissão que cortam o país.
Ela afirmou que esse tipo de problema pode ocorrer por conta de um raio ou da queda de uma árvore na rede, mas disse que o sistema não pode cair da forma que ocorreu. Dilma disse que, se cair, o sistema não pode demorar mais do que cinco minutos para voltar.


PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Petrolina e Juazeiro

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