Estresse, uso incorreto de colírios e sedentarismo podem piorar o quadro da doença ocular
Ter o diagnóstico tardio
Há
diferentes tipos da doença, mas o glaucoma de ângulo aberto,
considerado crônico, é o mais comum de todos, correspondendo a 80% dos
casos. A parte complicada é que muitas pessoas não percebem os sintomas
até o início da perda da visão. Entre os sinais mais comuns desse tipo
da doença é a perda da visão periférica. "Este tipo de glaucoma mais
incidente é assintomático, portanto é comum que as pessoas só descubram a
doença quando já há danos razoáveis e irreversíveis no nervo ótico",
ressalta o oftalmologista Paulo Augusto Arruda Melo, diretor científico
da Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores de Glaucoma
(ABRAG).
Por isso, a importância das consultas de rotina com um oftalmologista, que devem ser feitas a cada ano. "Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menores serão os danos à visão e mais eficiente será o tratamento", completa Paulo. Quem tem fator de risco para a doença deve fazer os exames com maior periodicidade. Os principais são: quem têm incidência da doença na família, afrodescendentes, pacientes com idade acima dos 40 anos de idade e quem tem miopia.
Outro tipo de glaucoma, menos incidente, é o de ângulo fechado, porém é mais fácil de ser diagnosticado. Os sintomas clássicos são vermelhidão e dor intensa nos olhos, náuseas e vômitos. Uma das principais causas dessa lesão é o estresse. "Quando a pessoa tem níveis elevados de estresse, a pupila dilata, o que desencadeia um mecanismo denominado bloqueio pupilar, levando ao aumento da pressão intraocular", explica o oftalmologista Vital Paulino Costa. Sendo assim, as pessoas que têm glaucoma devem controlar os níveis e estresse, uma vez que as crises podem levar a danificação do nervo óptico, causando a perda de visão.
Falta de exercícios
Uma
das maiores recomendações dos especialistas a pacientes com glaucoma é a
prática regular de exercícios físicos. "A prática de atividades
aeróbicas, como caminhada,
natação e corrida, ajuda muito na diminuição da pressão intraocular. O
exercício melhora a aptidão cardiovascular, favorecendo a irrigação
sanguínea do nervo óptico. Além disso, a prática faz diminuir a
produção do humor aquoso e ajuda na drenagem do líquido", explica o
oftalmologista Vital Paulino. O especialista afirma também que logo
depois de praticar o exercício a pressão intraocular já diminui
significantemente. Por outro lado, a pressão também sobe, em média 72h
depois. Por este motivo, é importante praticar atividades físicas
regularmente, no mínimo, três vezes por semana. "Caminhar 30 minutos por
dia já é o suficiente para obter os benefícios à saúde os olhos", diz
Vital Paulino.
Falta de conscientização do paciente
O glaucoma é uma doença crônica, portanto não tem cura, mas pode ser controlado. "O controle da doença é feito com o tratamento durante a vida toda. A realização de exames como a medida da pressão, do campo visual e o mapeamento de retina são fundamentais para evitar as complicações. O glaucoma não deve ser esquecido e ignorado, pois pode representar uma cegueira irreversível no futuro", explica a nutricionista Roberta.
O glaucoma é uma doença crônica, portanto não tem cura, mas pode ser controlado. "O controle da doença é feito com o tratamento durante a vida toda. A realização de exames como a medida da pressão, do campo visual e o mapeamento de retina são fundamentais para evitar as complicações. O glaucoma não deve ser esquecido e ignorado, pois pode representar uma cegueira irreversível no futuro", explica a nutricionista Roberta.
Instrumentos de sopro
Outra
recomendação pouco conhecida é para que os pacientes evitem tocar
instrumentos de sopro, como trompete e saxofone, por exemplo. "No
momento das notas que exigem mais esforço na hora do sopro, acontece o
aumento da pressão intraocular. Por este motivo, esse tipo de
instrumento deve ser evitado por pacientes que tem glaucoma", recomenda
Vital Paulino. A mesma recomendação vale para o hábito de encher balões
soprando o ar, pois isso aumenta a pressão interna do olho.
Preste atenção nas posições da Yoga
Quem
tem glaucoma e costuma praticar Yoga também deve tomar alguns cuidados
especiais. Todas as posições invertidas devem ser evitadas. "Esse tipo
de posição da yoga faz com que a drenagem do humor acuoso diminua,
fazendo com que aumente a pressão intraocular", explica Vital Paulino.
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Por Sarah Uska
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