Os adolescentes querem emoção, vibração, privacidade, independência, ou seja, os privilégios do adulto, sem que deem provas de já terem competência e maturidade para merecê-las. Mas, no fundo do coração, os jovens querem amor, respeito e aceitação por parte dos familiares.
A maioria dos pais acredita que educar um adolescente é um processo cansativo, assustador. Quantas vezes não escutamos comentários do tipo "Por que os adolescentes não vêm com um manual de operação?" ou "Desisto! Nada funciona com ele!"
Ser pai e mãe é apresentar o jovem a si mesmo e ao mundo, com amor atenção e respeito. Quem vai querer conselhos de alguém que não entende seus conflitos? Dizer que o jovem está exagerando, fazendo tempestade em copo d?água pode ser visto por ele como um uso de superioridade e condescendência para esconder que, na verdade, você não sabe do que ele está falando e não entende o que ele está sentindo.
Em Programação Neurolinguística utilizamos muito o rapport, que significa uma mudança de atitude diante do outro, do mundo e de si mesmo. Trata-se de um processo de transformação e mudança através da comunicação e da utilização da linguagem que amplia a capacidade de enxergar e compreender as pessoas pela sua forma de pensar, sem críticas ou julgamentos.
Todos já fomos adolescentes, e temos experiências que nos ajudam a compreender esse momento pelo qual nossos filhos estão passando. Ampliar nossa capacidade de percepção e compreensão, somado a boas doses de respeito e tolerância, já é um grande passo para melhorar o relacionamento e permitir uma comunicação mais eficaz e, como consequência, fortalecer e trazer mais qualidade ao relacionamento pai e filho.
E um bom relacionamento entre pais e filhos consiste sobretudo na possibilidade dos pais crescerem junto com cada filho, respeitando e acompanhando a passagem dessa fase tão complexa e difícil que vai da dependência quase total do bebê para a crescente autonomia e independência do filho já quase adulto.
Autora: Walkyria Coelho é psicóloga e instrutora da SBPNL ? Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística

Nenhum comentário:
Postar um comentário