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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Coluna de hoje na Folha

O papel de Joaquim
Numa eleição para o Senado, a figura do suplente historicamente é escondida e não cumpre papel relevante na campanha. No caso de Joaquim Francisco, suplente do petista Humberto Costa, se abre um novo paradigma. Ex-governador, ex-ministro, ex-prefeito do Recife e ex-deputado federal, até pela sua história e sua densidade eleitoral, Joaquim agregou setores antes refratários ao nome de Humberto.

Escolhido pessoalmente pelo governador Eduardo Campos, Joaquim traçou uma estratégia própria de campanha e vem trabalhando para ajudar Humberto a ser o mais votado da coligação. Só de encontros com pessoas próximas que trabalharam com ele, seja na Prefeitura ou no Governo do Estado, Joaquim já promoveu 21 almoços.


Gastou três solas de sapato em caminhadas no Recife, Região Metropolitana e no Interior do Estado, seja em agendas da própria chapa majoritária ou em roteiros estabelecidos por ele próprio. Dizem que o ex-governador é dotado de um tremendo pavio curto e tem temperamento explosivo.


Mas tudo isso parece ser folclore ou intriga de quem não engoliu a sua escolha para suplente, porque não só Eduardo, mas toda a chapa majoritária têm se derretido em elogios ao trabalho de Joaquim para ampliar efetivamente a votação de Humberto.



APOSTA DE SEGUNDO TURNO – Desde o início da campanha presidencial, o marqueteiro Marcelo Teixeira tem profetizado que haverá segundo turno, da mesma forma como previu em 2006 com Lula e Alckmin. O Datafolha da última quarta-feira, no qual a diferença de Dilma em relação aos demais adversários caiu sete pontos, praticamente configura esta tendência. Segundo turno é outra eleição e o que vai prevalecer é o cara a cara dos dois candidatos.

Uma mega mala - Se a cartinha do governador pedindo o voto fechado na sua chapa chegou ao destino de 3,2 milhões de residências, na prática o Estado foi literalmente coberto. A soma é simples: Pernambuco tem oito milhões de almas vivas e a média de uma família ocupando uma casa é de três pessoas.


André mostra a sua força - O deputado federal André de Paula (DEM) deu uma demonstração de que sua reeleição é fato consumado ao reunir uma multidão num ato, anteontem, no Clube Líbano, no Pina. Por lá passaram Maciel, Jungmann, Roberto Magalhães, formadores de opinião e, principalmente, gente com cara de povo, mobilizada por aliados de André, como o vereador Romildo Gomes.


Ventos favoráveis - Histórico petista com atuação em Surubim, Sandoval Lima confessa que não se traduzirá em surpresa se Danilo Cabral der um “banho de votos” em Maurício Rands, seu principal concorrente no município, apoiado pelo prefeito Flávio Nóbrega. “Surubim gosta de votar em filhos da terra”, preconiza.

Cadê a ética? - O ministro Franklin Martins já era ministro da Secretaria de Comunicação quando seu filho Cláudio Martins entrou na Tecnet, empresa contratada por R$ 6,2 milhões para prestar serviços ao Governo. Mas ele não viu conflito de interesses, nem tampouco, claro, consultou a Comissão de Ética do Planalto.


CURTAS –


SERTÃO– Jarbas tem compromisso hoje no sertão. Chega a Salgueiro por volta das nove horas, onde faz uma caminhada pelo comércio e dá entrevistas às emissoras de rádio locais. Volta ao meio-dia direto para uma caminhada em Olinda.


PALESTRA– Ex-ministro de Assuntos Estratégicos e professor da Universidade de Harvard, o polêmico Roberto Mangabeira Unger, participa de café da manhã hoje, no Spettus, para falar sobre o tema desenvolvimento econômico e social.

ENGAJADO– Bastante influente no sertão, o Padre Simões, de Arcoverde, gravou um belíssimo depoimento pedindo voto para o jovem Augusto Simões, candidato a deputado estadual pelo PCdoB. Simões pode ser a grande surpresa do pleito.

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