Minutos depois de ser demitida e escoltada para fora da fábrica da gigante dos alimentos Kraft Foods Inc., uma mulher voltou com uma pistola e abriu fogo contra os ex-colegas na Filadélfia, nos Estados Unidos. Ao menos duas pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida antes dela ser levada sob custódia, informou a polícia.
O incidente ocorreu pouco depois das 20h30 desta quinta-feira, dentro da fábrica da Kraft que produz biscoitos e bolachas. Dez minutos depois da mulher, que não foi identificada, ter sido escoltada para fora do local, ela voltou em um carro e passou direto pela barreira de segurança antes de entrar no prédio da fábrica a pé, disse o tenente Frank Vanore.
Ao caminhar dentro do prédio, ela atirou (mas errou) contra um funcionário que a seguia e que gritou aos demais: "Escondam-se, ela tem uma arma".
A mulher atirou então contra as três vítimas, disse Vanore, que não revelou a identidade ou se elas eram o alvo específico da atiradora.
Os policiais conseguiram libertar sete pessoas que estavam em uma "má posição", escondidos muito próximos à mulher. A atiradora foi detida cerca de uma hora após os primeiros tiros.
Os investigadores não disseram o motivo da demissão da mulher e explicaram que estão coletando provas e testemunhos.
As imagens de televisão mostraram os trabalhadores deixando a fábrica, de seis andares. A polícia cercou o prédio pouco depois do tiroteio e bloqueou os acessos ao local.
O misturador de massa para bolacha Andy Ryan, que trabalha na fábrica há quase 30 anos, disse estar no terceiro piso quando os tiros ecoaram pelo prédio. "Eu ouvi os tiros e corri. Quando eu estava descendo as escadas, eles estavam gritando: "Meu Deus, há três pessoas atingidas"".
O jornal local "Philadelphia Inquirer" disse que havia cerca de cem pessoas na fábrica no momento do crime.
Kraft disse em um comunicado que um quarto funcionário sofreu ferimentos leves, sem dar mais detalhes. "Este é um dia triste para a família Kraft Foods. Nossos pensamentos e orações vão para as famílias. A perda de alguém querido é uma grande tristeza".
A empresa disse ainda que a fábrica será fechada por tempo indeterminado e aconselhamento será oferecido aos empregados.
Crimes como este são raramente protagonizados por mulheres, disse o Dr. Park Dietz, presidente do Grupo para Lidar com Ameaças, uma firma de prevenção de violência.
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