Um estudo publicado na revista “Neurology” levantou que os homens são mais propensos a perder a memória quando envelhecem do que as mulheres. A informação foi divulgada no site do jornal britânico “The Independent”.
A pesquisa com idosos entre 70 e 80 anos revelou que a perda cognitiva leve, marcada por sintomas como o aumento do esquecimento, foi 50% mais elevada nos homens em comparação às mulheres.
A MCI (mild cognitive impairment ou perda cognitiva leve) envolve um nível de declínio mental para além do que pode ser explicado pelo envelhecimento normal. Ela é frequentemente associada à demência e à doença de Alzheimer na velhice.
O início da demência é um processo lento de perturbação mental que retira o sofrimento da memória, personalidade e, eventualmente, a humanidade. É uma doença progressiva e neurodegenerativa que é incurável e irreversível. Algumas pessoas começam a apresentar sintomas de demência sem agonia evidente, mas para outras, a experiência de perder as faculdades mentais é confusa, angustiante e –em alguns casos– assustadora. No caso do Alzheimer, a condição provavelmente é causada pela acumulação do depósito de proteínas no cérebro, cujo primeiro sintoma pode ser a dificuldade em encontrar palavras.
Cientistas da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota, um dos institutos de pesquisa dos Estados Unidos, testaram a memória e as habilidades de pensamento de mais de 2.000 pessoas com idades entre 70 e 89 anos.
Eles descobriram que mais de um em cada seis (16%) tinham comprometimento cognitivo leve, um em cada dez estava sofrendo de demência, e três quartos tinham faculdades mentais normais. Um total de 19% dos homens foram afetadas pela MCI, em comparação a 14% das mulheres.
Segundo o líder da pesquisa, Ronald Petersen, “este é o primeiro estudo realizado que encontrou maior prevalência de MCI em homens. A descoberta de que a frequência de transtorno cognitivo leve é maior no sexo masculino foi inesperada, uma vez que a frequência da doença de Alzheimer é realmente maior em mulheres.”
Quando combinados, os dados sugerem que 25% da população com idade acima dos 70 anos sofrem de demência ou risco de desenvolvê-la em um futuro próximo.
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