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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Novo antidepressivo promete não reduzir desejo sexual

A FDA, agência que regula o uso de remédios e alimentos nos EUA, aprovou, na última sexta-feira, um novo antidepressivo que promete não reduzir o desejo sexual.


O remédio, fabricado pelo laboratório Clinical Data, será vendido sob o nome comercial de Viibyrd, mas ainda não há previsão de lançamento no mercado.


O princípio ativo é a vilazodona, que tem o mesmo potencial de antidepressivos como o Prozac na inibição de recaptores da serotonina.


Ou seja, impede que grande quantidade de serotonina seja reabsorvida pelo neurônio que a liberou.


O remédio também "mimetiza" a serotonina, encaixando-se no neurônio receptor e provocando uma resposta mais rápida.


O principal apelo da nova droga, no entanto, é não causar a redução da libido.


Um estudo, publicado em 2009 no "Journal of Clinical Psychiatry", comparou os efeitos sobre o desejo sexual entre pessoas que tomaram a nova medicação e pessoas que tomaram placebo. A pesquisa não detectou diferenças entre os grupos.


Essa perspectiva é favorável ao novo antidepressivo, já que, segundo o psiquiatra Renério Fráguas, do Hospital das Clínicas, a diminuição do desejo é um efeito colateral comum dessas drogas.


"Isso costuma restringir a aderência ao tratamento, quando o paciente começa a melhorar da depressão e sente que o medicamento está atrapalhando a vida sexual."


Outros antidepressivos, como a agomelatina, não reduzem a libido, mas não são tão difundidos como os remédios tradicionais.


A vilazodona, porém, não é isenta de efeitos colaterais. No estudo, foram relatados casos de diarreia, náusea e sonolência.


Assim como em outros antidepressivos, as caixas de Viibyrd terão avisos sobre o risco de comportamentos suicidas para usuários com menos de 24 anos.


Fráguas afirma que a eficácia da droga só será confirmada com o uso clínico.

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