O conteúdo apelativo incentiva o sexo desprotegido
A pesquisadora Anita Chandra acaba de liderar um estudo que mostra a estreita relação entre a programação da TV e a gravidez precoce. As conclusões, publicadas na revista da ONG americana RAND, indicam que apenas uma conversa com teor sensual já atinge as adolescentes, que têm duas vezes mais a chance de ficar grávida nos três anos seguintes.
O problema desses programas, segundo os autores do trabalho, é que eles apresentam cenas de sexo, mas sem esclarecer sobre os riscos e a responsabilidade que também devem envolver o momento. O estudo acompanhou os hábitos televisivos e sexuais de dois mil adolescentes entre 12 e 17 anos de idade durante três anos. Em 700 participantes, foi nítido o impacto dos programas televisivos na vida sexual e no histórico de gestações.
A pesquisa envolveu a análise de 23 atrações, incluindo dramas, comédias, reality shows e programas de auditório. É possível notar que o conteúdo sexual dobrou nos últimos anos, porém as informações sobre a prática irresponsável não é mostrada, esclarece Anita Chandra.
Outro fator que mostrou ser extremamente importante é a participação dos pais no cotidiano dos adolescentes, informando a importância dos métodos anticoncepcionais. Isso reduz os índices de gravidez precoce, quando comparado com outras situações familiares.

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