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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Até que ponto as sacolas plásticas ameaçam o meio ambiente?

Polêmica levanta dúvidas sobre ação sustentável
Polêmica levanta dúvidas sobre ação sustentável
O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, sancionou esta semana a lei que proíbe o uso de sacolas de plástico nos comércios da cidade, sendo assim a segunda adesão à medida no Brasil. A lei, que já tramitava na Câmara Municipal desde 2007, foi aprovada e vigorará a partir de janeiro de 2012. A penalidade ao comércio que desrespeitá-la vai de R$ 50 a R$ 50 milhões de reais ou até sua licença suspensa.

Pesquisa inglesa gera polêmica

A notícia dividiu opiniões não só da população, mas de órgãos relacionados à sustentabilidade. Uma recente pesquisa inglesa ajudou a acender a discussão: a Agência Ambiental da Inglaterra conclui que as sacolas, feitas de material ecológico, são mais resistentes do que as de plástico, e consomem mais matéria-prima e energia ao serem fabricadas, o que se resume à uma contribuição ao aquecimento global. Para causarem menos danos ao meio ambiente, foi constatado que as embalagens de papel devem ser utilizadas, no mínimo 3 vezes, enquanto as de polipropileno 11 e as de algodão, 131 vezes. Os pesquisadores chegaram a esse resultado após acompanhar todas as etapas de vida útil das tais sacolas. Porém, instituições de estudos ambientais brasileiros alegam que esse tipo de impacto seria diferente no Brasil porque o processo de fabricação é muito mais limpo, já que a energia se baseia em hidrelétricas, e não em combustíveis fósseis, como na Europa.

Prós e Contras do uso da sacola de plástico

De acordo com o Instituto Akatu, as sacolas de plástico são bem mais prejudiciais ao meio ambiente não só pelo material, um derivado de petróleo que é um emissor de gases e causam efeito estufa, mas também pelo uso incorreto da população, que acaba por joga-los pelas ruas, ajudando a entupir bueiros e gerando problemas como inundações e enchentes. Já o Instituto Sócio-Ambiental de Plásticos – Plastivida - defende o uso responsável do produto. O representante da instituição Miguel Bahiense alega: “O plástico não é um problema em si. Depende de como se usa. Ele é um material totalmente reciclável”. O projeto também aponta uma crise do setor de fabricantes e até um possível faturamento indevido dos comércios em cima da venda de sacolas, prejudicando os consumidores.

Outra preocupação se dá principalmente pela adaptação da população – em especial, as de baixa renda - sem as sacolas, muito utilizadas para embalar o lixo doméstico. Colocar em tonéis, por exemplo, pode gerar uma série de problemas sanitários, como aparecimento de animais peçonhentos causando um impacto ambiental negativo também.

Discutir para encontrar soluções

A partir de todos esses pontos levantados, vemos a importância em discutir o assunto a fim de diminuir os impactos sócio-econômicos e ambientais, além de gerar uma conscientização da população em torno das questões ambientais, ainda muito iniciais em nosso país. As ações de sustentabilidade se mostram importantes ao nosso planeta mais do que nunca, e cabe à sociedade incorporar esse tipo de ação não apenas como uma simples proibição, mas sim como algo que as pessoas tenham plena consciência da importância do que tal atitude gera, como contribuição para um mundo melhor.

Por Redação UrbanPost

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