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domingo, 15 de maio de 2011

Uso de álcool pode estar ligado ao acesso frequente a redes sociais

Novas mídias podem expor os jovens à substância cada vez mais cedo

De acordo com pesquisa do Weill Cornell Medical College, nos Estados Unidos, que será publicada no periódico Addictive Behaviors, jovens que ingerem álcool passam mais tempo no computador para uso recreativo - o que inclui navegar em redes sociais e baixar e ouvir música.

O comportamento de 264 adolescentes de 13 a 17 anos dos Estados Unidos foi analisado e os resultados mostraram que aqueles que declararam ter bebido no último mês usaram o computador por mais horas semanais (excluindo uso escolar) do que aqueles que não beberam. Ligações entre o uso de álcool e o acesso a redes sociais e baixar e ouvir músicas foram encontradas. No entanto, os pesquisadores não acharam a mesma relação entre aqueles que usaram o computador para trabalhos escolares, tampouco entre jogos e compras online.

Embora os fatores que relacionem álcool e internet ainda não tenham sido especificados, os pesquisadores acreditam que a internet expõe os adolescentes a propagandas relacionadas ao uso de álcool e até mesmo a outros adolescentes que bebem - e aqui entrariam as mídias sociais, que permitem o contato entre esses jovens. Isso ressalta a importância da vigilância dos pais em relação ao uso do computador e do álcool, já que essa exposição acontece cada vez mais cedo.

Outros dados apontam que, geralmente, a primeira experiência dos adolescentes com álcool acontece entre os 12 e 13 anos e a família tem forte papel nisso. Pouca comunicação e supervisão dos pais, conflitos familiares, disciplina inconsistente e histórico de abuso de álcool e drogas na família são fatores que influenciam nesse contato precoce.

Curiosamente, segundo estudo da Pew Internet and American Life Project, mais de metade dos pais de adolescentes norte-americanos instalou filtros de bloqueio de certos conteúdos em seus computadores, mas isso não é tão comum em pais que possuem filhos mais velhos.

Esse estudo é o primeiro passo para entender o impacto que a internet e as novas mídias exercem sobre a juventude. Os pesquisadores declararam que outras pesquisas mais sistemáticas serão feitas para entender melhor quais são os potenciais perigos da internet e como combatê-los.

Controle seu filho sem invadir sua privacidade

De acordo com a psicóloga e psicanalista Claudia Finamore, o uso da internet se torna preocupante quando outras atividades são prejudicadas.

Impor limites facilita o uso da internet sem afetar o dia a dia da criança. Claudia afirma que deixar o computador em um local comum da casa é uma dica para estabelecer limites e tornar o uso da internet algo aberto e franco. "Dessa forma, a criança fica exposta ao olhar dos adultos enquanto navega, o que inibe visitas a sites inadequados e também facilita o controle de tempo dedicado à internet", completa.

Você também deve saber quando é hora de apertar o cinto. Seu filho acessa a Internet somente aos fins de semana, para entrar em contato com os amigos, verificar emails e até saber um pouco mais sobre determinado assunto. Será que é necessário pegar no pé dele?

A psicóloga afirma que a percepção dos pais sobre o desempenho escolar e o contato social é crucial nesta decisão. "Se ele consegue conciliar os estudos e os amigos, não há com o que implicar", explica.

Outro fator a ser levado em consideração é a privacidade. Querer ler os emails dos filhos e saber de conversas que ele tem nos comunicadores instantâneos deve levar em consideração a idade da criança. "É claro que uma criança de 5 ou 6 anos não deve ter livre acesso ao conteúdo da internet, e um monitoramento mais próximo é apropriado", explica.

Porém, essa relação se transforma quando a adolescência começa e é necessária uma privacidade maior. "A conversa aberta e sincera, permitindo que os pais acompanhem seus filhos sem invadirem seus espaços, é importante e necessária".

Por Minha Vida

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