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quarta-feira, 7 de março de 2012

Pesquisa encontra substância que pode prever evolução do Alzheimer

Níveis mais elevados da proteína VILIP-1 podem indicar uma deterioração mais rápida da capacidade mental de pacientes

Um novo marcador (substância que ajuda a identificar a presença de uma doença) pode prever a velocidade com que a Doença de Alzheimer comprometerá a memória e outras habilidades mentais de um paciente. O estudo, publicado na revista Neurology, foi realizado na Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos.

Os cientistas acompanharam 60 portadores de Alzheimer e observaram que níveis elevados da proteína VILIP-1 no líquido cefalorraquidiano – localizado entre o crânio e o córtex cerebral – estavam fortemente ligados a uma deterioração mais rápida da capacidade mental desses pacientes com o passar dos anos.

Os pesquisadores consideram necessário confirmar os resultados com estudos clínicos mais amplos, mas os novos dados já sugerem que o VILIP-1 pode ser superior aos marcadores usados atualmente. "O VILIP-1 parece ser um indicador muito bom do dano causado pela doença de Alzheimer", disse Rawan Tarawneh, principal autora da pesquisa.

Para o estudo, os pesquisadores mediram inicialmente os níveis de VILIP-10 dos pacientes com Alzheimer leve ou muito leve, além de avaliarem as suas habilidades mentais com uma complexa lista de testes, que foram repetidos anualmente. "Memória e outras habilidades mentais declinaram mais rapidamente em pacientes com os mais altos níveis de VILIP-1", afirmou Tarawneh.

Em pesquisa anterior, Tarawneh e outros cientistas já haviam mostrado que indivíduos saudáveis, mas com altos níveis de VILIP-1, tiveram maior propensão do que a média da população a desenvolver deterioração cognitiva e doença de Alzheimer no período de dois a três anos seguintes. Agora, os cientistas da Universidade de Washington estão trabalhando para tentar padronizar os testes de medição de VILIP-1 para uso ampliado em pesquisas.

Opinião do especialista

Ivan OkamotoIvan Okamoto neurologista do Hospital Albert Einstein (SP)
 
Nessa área, a intenção dos especialistas é identificar quem são as pessoas com maior risco de desenvolver a doença. Muitas pesquisas têm trabalhado nisso.



O estudo da Universidade de Washington é importante porque identificou um marcador do Alzheimer, o que pode ajudar a identificar essas pessoas, antes mesmo que elas apresentem uma manifestação clínica da doença. Estimamos que ela comece a se desenvolver em um indivíduo entre 10 e 15 anos antes de qualquer sintoma aparecer.

Mas é importante esclarecer que a VILIP-1 não é um biomarcador, ou seja, ela não vai dizer se a pessoa tem ou vai ter Alzheimer com certeza, mas apenas indica aqueles que possuem mais chance de desenvolver a doença.

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