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quinta-feira, 29 de março de 2012

Em sua mais recente edição, ato teve participação de 5.200 cidades de 135 países

Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, fica apagado
durante a Hora do Planeta do ano passado
 Para incentivar os habitantes da Terra a apagarem suas luzes no sábado (31), e salvar um pouco o planeta, os organizadores da Hora do Planeta apostam nas redes sociais.

A cada ano, de Sydney, na Austrália, a Los Angeles, nos Estados Unidos, governos, empresas e população, cada vez mais numerosos, mergulham na escuridão por uma hora para demonstrar sua vontade em combater o aquecimento global, um apelo da ONG ambientalista WWF.

O novo ato está programado para o próximo sábado (31) às 20h30, no horário de Brasília, para fazer melhor do que o ano passado, quando 5.200 cidades em 135 países participaram da ação.

A intenção é prolongar a ação além dos 60 minutos simbólicos. Os organizadores incentivam os mais motivados a acompanhar as redes sociais: seguir as novidades no Facebook, compartilhar seus compromissos no Twitter ou produzir vídeos para postar no YouTube.

Essa é a armadilha: todas as tecnologias geram também sua quota de CO2 (dióxido de carbono), necessária na utilização de smartphones, tablet ou PC, que consomem energia.

Cada vez que navegamos na web, emitimos CO2 indiretamente: a de combustíveis fósseis queimados para produzir e recarregar nossos dispositivos e também para alimentar inúmeros servidores que armazenam os dados.

Difícil é medir com precisão esse impacto, mas um estudo realizado em 2008 pela empresa Bio Intelligence Service atribuiu ao setor de tecnologia cerca de 2% das emissões de gases do efeito estufa em todo o mundo, o equivalente ao setor aéreo.

Um simples envio, recebimento e armazenamento de e-mails por um empregado de uma empresa francesa de cem pessoas gera, por exemplo, 13,6 toneladas equivalentes de CO2, segundo a Agência Ambiental para Gestão de Energia (ADEME).

Por comparação, as emissões anuais por habitante na França é de 6 toneladas.

Em 2009, o jornal Times havia provocado polêmica ao afirmar, a partir do trabalho de um pesquisador da Universidade Harvard, que duas buscas no Google geram em média 14 gramas de CO2, tanto quanto o ato de aquecer uma chaleira. A empresa afirmou imediatamente que, de acordo com seus próprios cálculos, uma pesquisa não "pesa" mais do 0,2 grama.

Em outubro, o Facebook anunciou a escolha de uma cidade do norte da Suécia, Luleaa, para construir seu primeiro centro de armazenamento de dados na Europa, o terceiro no mundo.

O clima ameno é um atrativo da cidade na medida em que "o esfriamento dos servidores é um grande problema para os centros de armazenamento de dados", explicou a empresa, que foi alvo de críticas da ONG Greenpeace.

No Twitter, serviço que registra 340 milhões de mensagens de no máximo 140 caracteres por dia, cada post "pesa" cerca de 0,02 g de CO2, informou no ano passado, Raffi Krikorian, diretor da infra-estrutura do site, em um comentário postado na internet.

— Nós podemos fazer melhor.

Os organizadores da Hora do Planeta reconhecem que pensaram muito antes de decidir investir na tela em nome da luta contra o aquecimento global, como explica Andy Ridley , co-fundador e diretor-executivo da operação.

— No geral, acreditamos que a capacidade de construir uma campanha digital e de se envolver com pessoas de todo o planeta é um dos pontos fortes da tecnologia. É importante notar que o objetivo da Hora do Planeta não é o quanto as emissões serão evitadas durante aquela noite, acrescenta, mas sim para envolver os indivíduos, organizações e governos no sentido de um objetivo maior para garantir um futuro sustentável...

AFP

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