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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Relações perigosas


Os conflitos amorosos podem se tornar dramáticos


(Foto: Ilustração)

 
As manchetes de crimes e de abusos morais e físicos veiculados pela mídia nos últimos dias revelam desfechos dramáticos, que podem ocorrer em função das relações conturbadas. Dentre os principais aspectos emocionais e afetivos causadores dos conflitos relacionais destacam-se o ciúme, a independência da mulher, a baixa autoestima e falta de autovalor.

A pessoa ciumenta é insegura, geralmente possui baixa autoestima e sentimento de inferioridade; mesmo possuindo melhores condições sociais ou financeiras, emocionalmente se sente inferior. Ela não se julga merecedora de alguém tão especial ao seu lado. Essas fragilidades emocionais são projetadas na relação, enfraquecendo os laços afetivos com as cobranças e desconfiando de tudo o que o(a) parceiro(a) faz. 

Qualquer aproximação de alguém do sexo oposto representa uma ameaça à sua felicidade amorosa. As repetições dos episódios de ciúmes e as suposições absurdas feitas pela pessoa ciumenta tornam-se uma obsessão; isso enfraquece os laços afetivos e provoca uma série de conflitos no relacionamento. 

A independência da mulher tem sido apontada como uma das causas de conflitos amorosos. Essa nova conduta feminina às vezes assusta alguns homens. Por outro lado, aqueles que são seguros de si respeitam os espaços da sua parceira e constroem estratégias relacionais saudáveis para ambos os lados. 
(Foto: Ilustração)

No entanto, os homens inseguros perdem o seu referencial diante da parceira e não sabem lidar com essa descaracterização do papel masculino; alguns apelam para as críticas, no intuito de descaracterizar as ações da parceira, outros tornam-se estúpidos, para fragilizá-las. Esses conflitos provocam grandes turbulências na relação. A mulher acaba sofrendo pela fraqueza masculina, quando o problema na verdade está nele e não nos direitos e atributos femininos. 

As mulheres que amam exageradamente e se submetem a verdadeiros absurdos e até a alguns requintes de crueldade, para manterem o relacionamento, demonstram o seu desvalor e a falta de respeito próprio. Elas se encontram imersas numa espécie de “emaranhado relacional” e não conseguem se libertar.

O envolvimento neurótico e doentio representa riscos para ambos os lados e as relações perigosas podem se tornar fatais. As pessoas envolvidas nem sempre se dão conta do perigo a que estão expostas. Elas próprias não conseguem pôr fim ao relacionamento. Muitas vezes é preciso a intervenção dos entes queridos. Uma família estruturada pode evitar o pior desfecho. 

Porém, cabe à própria pessoa envolvida tomar atitudes para minimizar os riscos e, se for o caso, cortar os vínculos. Em alguns casos os conflitos são tão intensos que é preciso muita cautela para as pessoas se libertarem do emaranhado e saírem ilesas do envolvimento. 

A consciência dos riscos existentes nas relações perigosas, principalmente por parte dos próprios envolvidos, é o primeiro passo para quebrar os vínculos nocivos e transformar ou romper o relacionamento. Dentre os fatores determinantes para o rompimento dos vínculos de amor e ódio que permeiam essas relações, destacam-se a autoestima e o respeito próprio. Uma pessoa que tem amor-próprio não se sujeita a permanecer numa relação doentia. Quando o envolvimento começa a ficar neurótico, ela “corta” o mau pela raiz; não admite
nenhum tipo de excesso, sob ameaça de rompimento definitivo. Desse modo, ou a relação melhora ou acaba de vez. 

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