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sábado, 23 de outubro de 2010

70 anos de Pelé: Futebol de joelhos pro Rei

Hoje é um dia especial para os amantes do futebol. Há 70 anos nascia Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, o maior de todos os mestres da bola. Uma data tão especial não poderia passar em branco. Apesar de ter decidido comemorar o aniversário longe das câmeras, Pelé receberá uma justa homenagem dos times que disputam o Campeonato Brasileiro. As partidas do fim de semana serão chamadas de “Rodada Pelé 70 anos”.


O Rei recusou mais de 500 convites para homenagens, pois prefere passar o dia, tranquilamente, ao lado da família, no interior de São Paulo. O mineiro da cidade de Três Corações conquistou 45 títulos no Santos, o que equivale a mais da metade dos canecos levantados pelo clube paulista ao longo dos seus 98 anos de história.

Outro marco da brilhante carreira são os números de gols marcados. Um total de 1.284, sendo o milésimo assinalado de pênalti, em 1969, sobre o Vasco, no Maracanã. A festa foi tão grande, que repórteres e admiradores invadiram o gramado para celebrar junto ao Rei.

Campeão do Campeonato Paulista por 10 vezes e artilheiro do torneio em 11 ocasiões, o ex-camisa 10 é ainda o maior goleador da seleção brasileira, com 95 gols em 114 jogos, e conta com uma série de prêmios. Entre eles o título de "Atleta do Século" concedido pelo jornal francês L'Equipe.

Fora dos campos, Pelé foi ministro dos Esportes de 1995 a 1998 e já atuou como músico e ator. Em 2000, a Fifa o escolheu como o maior jogador de futebol do século 20, numa polêmica eleição que teve o argentino Diego Maradona como líder na votação pela Internet e o brasileiro como o escolhido por especialistas. A entidade que controla o futebol mundial acabou concedendo o prêmio a Pelé.

A "competição" com Maradona sobre o melhor de todos os tempos não incomoda Pelé. Em entrevista à Reuters este ano, o brasileiro disse que "primeiro os argentinos têm que resolver quem é o melhor deles", argumentando que já quiseram compará-lo com Alfredo di Stéfano, argentino naturalizado espanhol, além de Maradona.

Setenta anos! O tempo passou para o senhor Edson Arantes do Nascimento, mas para o mineiro de Três Corações, conhecido mundialmente como Pelé... Ah , este é eterno e para entrar para a galeria dos imortais, o gênio da bola desfilou magia pelos campos de futebol durante mais de 20 anos.


Quando chegou a hora de parar, Pelé agiu como um rei generoso. Sabendo da tristeza que a despedida causaria nos súditos dele, sua majestade foi parando aos poucos. Foram três despedidas, que claro, também doeram nele.

“A gente lamenta porque o que a gente ama vai deixar de fazer. Depois das despedidas é que eu sonhava que estava jogando. Ia no jogo e passava mal, dava vontade de jogar.”, diz Pelé.

A primeira despedida foi da seleção brasileira. Julho de 71. Maracanã, amistoso contra a Iugoslávia, que terminou dois a dois... Antes do jogo, Pelé pede espaço para se aquecer e brinca com os jornalistas.

No segundo tempo, um estádio lotado se emociona com a volta olímpica. Pelé chora. Era o adeus com a camisa amarela.

Três anos depois é a vez de deixar o Santos. Outubro de 74, Vila Belmiro. Vitória santista por dois a zero contra a Ponte Preta. Na despedida, uma coincidência. “Quando eu cheguei em Santos, com 14 anos, tirei a fotografia com a camisa listrada, 18 anos depois, fui despedir com a camisa preta e branca”, lembra.

No ano seguinte aceita o desafio de tentar fazer renascer o futebol nos Estados Unidos. Vai jogar no Cosmos de Nova Iorque por dois anos. Em outubro de 77, aos 37 anos, vem enfim a última despedida.

No amistoso entre Santos e Cosmos. Pelé joga um tempo por cada time e marca para os americanos que venceram por dois a um. Era o momento de o Pelé sair de cena para entrada do Edson. Uma jogada impossível.

“Vou mudar completamente a minha vida. Tenho feito isso porque eu quero realmente viver. Não sei se seria possível esquecer totalmente o Pelé porque o público não vai esquecer o Pelé”, falou.


Imortal e sempre jovem. “Como eu nasci e Três Corações eu nem me lembro direito se eu tenho 70 porque divide por três somando três corações”, brinca.

Essa conta resulta num Pelé de 23 anos. Felizes os privilegiados que o viram em campo com essa idade. Ainda era o começo de uma carreira irretocável.

“Eu não mudaria nada”, diz Pelé.


Neymar usa camisa em homenagem a Pelé


O atacante Neymar foi o escolhido pela torcida santista para usar a camisa 70 em homenagem ao 70º aniversário de Pelé. A jovem revelação vai usar o número na partida do Santos contra o Grêmio Prudente, amanhã, na Vila Belmiro, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Neymar foi o escolhido pela torcida em votação promovida por meio do site do Santos. Ele recebeu 73% dos votos. Arouca e Léo foram o segundo e o terceiro colocados da votação, com 11% e 7%, respectivamente.

A camisa do jogo contra o Grêmio Prudente terá um selo com a mensagem "7 x 10" em homenagem ao aniversário de Pelé. No selo, localizado ao lado do escudo do Santos, também está escrito a data do jogo, o local da partida e o nome dos dois times.

No fundo do selo, aparece uma imagem com o gesto que Pelé costumava fazer para comemorar os seus gols. Pelé comemora seu aniversário no dia 23 de outubro. Mas, em sua certidão, que está em Três Corações (MG), consta que o Rei nasceu em 21 de outubro de 1940.

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