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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Prognóstico, só depois do jogo

José Adalberto Ribeiro*

joseadalbertoribeiro@yahoo.com.br

Na semana passada, quando estava a meditar no meu castelo secreto em Ribeirópolis, escrevi o seguinte neste magnífico blog: “Sou capaz de apostar o meu querido dedo mindinho da mão esquerda contra as barbas vermelhas dos profetas eleitorais, aposto como haverá discrepância de mais de 10% entre as pesquisas eleitorais e a boca das urnas”. Meu dedo mindinho ganhou a aposta.

Este criado de vosmecês e milhões de pernambucanos já sabiam, por dedução simples, que o governador Eduardo Campos seria reeleito com cachoeiras de votos. As pesquisas apenas anteciparam as evidências, o óbvio.

Se é para revelar o óbvio, para que gastar milhões com pesquisas? Nenhuma pesquisa foi capaz de prever que Marina, morena Marina teria 19 % beirando os 20 % de preferências. Depois, sempre depois, veio a explicação de q ocorreu uma “onda verde”.

As profecias sobre 1º. e 2º turno falharam em sete a oito Estados.

Ondas ocorrem em todas as eleições, tipo a “onda collorida” de Fernando Collor em 1989, as “ondas vermelhas” do ano 2000 (em Recife), em 2002 e 2006 nas eleições presidenciais. Em 1990 a “onda amarela” levou Joaquim Francisco ao Palácio do Campo dos Príncipes e das Princesas, quando disputou com Jarbas Vasconcelos.

Então não venham tirar onda de profetas eleitorais.

Nenhum instituto, nenhuma instituta profetizou que Armando Monteiro teria mais votos q Humberto Costa para o Senado. Os prognósticos no geral eram de q o senador Marco Maciel estava na casa dos 22 %, quando na realidade ficou com 12 %.

“Prognóstico, só depois do jogo”. Esta é uma frase hilária atribuída a um jogador de futebol, bicho meio folclórico. Tudo a ver com as pesquisas eleitorais, consagradas pelos institutos como profecias eleitorais.

Em São Paulo o candidato Aloísio Nunes Ferreira estava no rabo da gata e foi eleito contra o pagodeiro Netinho, apontado como favorito. Tiraram a onda q Netinho era freguês da lei Maria da Penha e o cara dançou.

Para provar que a opinião pública é volúvel, desta vez Marta Suplicy conquistou o coração de 8.314.027 paulistas e paulistanos e foi eleito senadora. Em tempos de “relaxa e goza” nos aeroportos, não seria eleita nem vereadora. Que mulher sedutora! “A mão que afaga é a mesma que apedreja”, ensinou o poeta Augusto dos Anjos e pecadores. Sossega, Netinho, na próxima temporada, você poderá ser eleito até governador.

Repito mais o q disse na semana passada: “As pesquisas cometem erros devido a falhas técnicas, falhas humanas e desumanas”. Imaginem vocês o que sejam as “falhas desumanas”.

Pesquisas são trabalhos científicos q requerem conhecimentos em estatística, sociologia, teoria da comunicação.

Bruxarias, feitiçarias e “profecias” são outras histórias, às vezes histórias mal-assombradas.

As pesquisas de responsa são feitas por cientistas sociais de rochedo. As bruxarias e similares ficam por conta dos hereges q exploram os bezerros de ouro da comunicação. Deveriam ser regulamentadas pelos organismos de controle oficiais, assim como os medicamentos dependem de licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e os trabalhos científicos dependem de licença do Conselho Nacional de Pesquisa CNPq.

Em matéria de profecias eleitorais, boto a mão no fogo pelo Instituto DataRibeirovsky de La Cucuracha, q trabalha com uma margem de erro de 40 % a 30%, para menos ou para mais, ao gosto da freguesia.

*Jornalista

Opinião ( Blog do Magno )

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