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quinta-feira, 3 de março de 2011

MATERIA ESPECIAL DA SEMANA: SÍNDROME DO PÂNICO


Síndrome do pânico: uma doença associada ao estresse moderno
 
Número de casos de Síndrome do Pânico aumentou nos últimos 10 anos. Apoio da família ajuda no tratamento.


Taquicardia, dificuldade para respirar e tontura.Esses são alguns dos sintomas da Síndrome do Pânico (também conhecida como Distúrbio do Medo), que hoje atinge cerca de três milhões e seiscentos mil brasileiros.Aproximadamente 5% da população mundial sofre dessa síndrome, conhecida até os anos 80 como “crise do coração irritável”.Os primeiros casos diagnosticados no Brasil como Síndrome do Pânico ocorreram em meados dos anos 80. Hoje, esta síndrome já é o segundo motivo pelo qual os brasileiros procuram os consultórios psiquiátricos, perdendo apenas para a depressão.Acredita-se que, nos últimos dez anos, houve um rápido crescimento no número de pacientes, devido à correria e ao estresse da vida moderna. 

Na maioria dos casos, a fonte do medo não é identificada. Durante uma crise, inicia-se um processo de medo e ansiedade crescentes até atingir uma intensidade em que a pessoa se sente em estado constante de desespero, terror e medo da morte. 

Segundo a psicóloga Sílvia Rodrigues, a Síndrome do Pânico é um estado emocional no qual a pessoa fica paralisada, o coração dispara e transpira muito. As crises não tratadas podem evoluir para uma série de fobias (medos exagerados). Há pessoas, por exemplo, que sofrem dessa síndrome e ficam anos sem sair de casa, pois acreditam haver sempre um perigo iminente. O organismo age como se o corpo não estivesse em segurança, apesar da inexistência de um perigo visível ou real. 

Há três anos, Marcos Vilas Boas, 36, professor e metalúrgico da GM, faz tratamento para se livrar da Síndrome do Pânico. “A primeira vez que eu tive uma crise, eu confundi com problemas do coração e, por isso, procurei um cardiologista. Depois procurei um neurologista e foi ele quem descobriu a doença”, disse Vilas Boas. Tanto homens quanto mulheres estão susceptíveis à síndrome e sua maior incidência é entre os 18 e 35 anos. 

Normalmente esse distúrbio atinge pessoas que estão em atividade profissional que requer grandes responsabilidades, pessoas perfeccionistas ou muito exigentes consigo mesmas. “No meu caso, as crises começaram sem motivo aparente”, disse Vilas Boas, que hoje já não se assusta mais com a doença e a encara de forma mais tranqüila. 

Tratamento combina medicamentos e psicoterapia. A Síndrome do Pânico é uma doença e tem cura. “Quando estão em um estágio muito avançado, é comum os pacientes acharem que não há cura. É aí que entra o apoio do psicólogo”, comenta Sílvia. A primeira etapa do tratamento da Síndrome do Pânico é a eliminação dos sintomas físicos. Na maioria dos casos, isso é realizado com a ajuda de alguns medicamentos. Segundo Sílvia, o tratamento é feito com um psiquiatra, à base de medicação controlada e, tem duração variada, dependendo do estágio da doença. 

A segunda etapa é a combinação da medicação com sessões curtas de psicoterapia comportamental, que ajudam o paciente a enfrentar os problemas e vencer as situações de dificuldade. “Hoje já existem remédios mais modernos, de uso sublingual, que fazem efeito em minutos. Os outros podem demorar 2 ou 3 dias para diminuir os sintomas”, diz Vilas Boas, que há 3 anos luta contra a doença. Apoio familiar - Além de tranquilidade para enfrentar os problemas do dia-a-dia, uma boa estrutura familiar também pode colaborar para que não ocorra casos de pânico. Nas famílias em que há uso de drogas ou álcool em excesso e constantes brigas familiares são mais comuns os casos de pessoas com esse distúrbio. Por isso, durante o tratamento, uma convivência familiar saudável é fundamental. Na hora de enfrentar uma crise pessoal ou dificuldades no trabalho, na escola ou no relacionamento é imprescindível o apoio da família. “Para este tipo de doença, uma das melhores coisas é conversar sobre o assunto. É bom conversar com família e procurar um médico”, disse Vilas Boas. Ele chegou a pedir que sua esposa vigiasse seu sono, pois tinha muito medo que ocorresse uma crise durante a madrugada.

Fique atento aos sintomas! 
Os sintomas da Síndrome de Pânico não se manifestam necessariamente em conjunto. Entre eles estão as dores no peito, a falta de ar, ondas repentinas de frio (calafrio) e calor, sudorese (suor em excesso), formigamento nas mãos e nos pés, tremedeira, fraqueza e sensação de desmaio. “A gente fica com muito medo de morrer. Essa sensação é a pior, o que faz com as pessoas que têm a Síndrome do Pânico fiquem com medo de ter uma nova crise”, disse Vilas Boas.

PSICÓLOGA CLÍNICA/CRIMINALISTA E CONSULTORA DE DPE RH:
DANUZA GUEDES. ( Contatos pelo e-mail/msn: danuzaguedes@hotmail.com)

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