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terça-feira, 22 de novembro de 2011

No novo filme do diretor David Cronenberg sobre Carl Jung, Sigmund Freud e o nascimento da psicanálise, "A Dangerous Method", Keira Knightley interpreta a ex-paciente histérica e amante de Jung, Sabina Spielrein.

O filme estreia nos cinemas dos EUA na quarta-feira, e Keira disse à Reuters em setembro, durante o Festival de Cinema de Toronto, que ela inicialmente recusou o papel por causa das cenas fortes de sexo com espancamento com o ator Michael Fassbender, que interpreta Jung.

Mas a atriz britânica de 26 anos afirmou que a promessa de um papel de sonho como esse e de trabalhar com Cronenberg, Fassbender e Viggo Mortensen (que interpreta Freud) era muito atraente para ser rejeitada. Também ajudou o fato de Cronenberg ter prometido que as cenas de espancamento seriam clínicas, e não "sexy".

P: Antes do filme, o que você sabia sobre psicanálise?

R: "Absolutamente nada. Quer dizer, eu tinha ouvido falar, obviamente, de Freud e Jung, e eu sabia vagamente que tudo deveria ser baseado na sexualidade e que seus pais entravam na questão em algum ponto. Mas tirando isso, eu realmente não sabia de nada. Então era questão de começar do zero."

P: Você já pensou em estudar psicologia?

R: "Não ... há uma série de paralelos na atuação. Você está tentando entender o mundo a partir de um ponto de vista diferente, sem julgá-lo. Olhar para ele de um ponto de vista psicológico é algo que você faz naturalmente como ator, de qualquer maneira."

P: Sua representação de histeria no filme recebeu críticas divergentes. Como é que você criou, vamos dizer, o movimento da mandíbula?

R: "Essa é a coisa complicada, quando você está lendo um roteiro que diz, 'tenha um ataque histérico, com tiques'. E você pensa, 'OK, o que significa isso? E o que você quer dizer com um tique?' Então, realmente, muitas leituras foram uma tentativa de obter descrições dos tiques e tentar entender o que eram."
"Eu queria que fosse chocante, porque o que estava acontecendo internamente (com Sabina) era chocante. Eu só pensei, eu quis refletir isso externamente o quanto fosse possível, então, eu literalmente sentei no meu banheiro fazendo caretas para mim mesma até criar essa coisa da mandíbula. E eu pensei, 'Bem, isso se parece vagamente demoníaco', e então eu conversei no Skype com David (Cronenberg) e eu tinha cerca de duas ou três ideias e ele disse: 'Essa'.

P: Essa é a sua personagem mais difícil até agora?

R: "Em termos de personagem, todo ator quer um papel como esse. Parece perverso dizer que é divertido, mas é muito interessante. Tentar entender isso, entrar nesse ponto de vista. Especialmente se for um cineasta como David Cronenberg. Eu teria sérias restrições em interpretar uma histérica com um diretor cujo trabalho eu não admirasse tanto quanto o dele."

P: Todo ator diz que cenas de sexo podem ser difíceis. Essas parecem particularmente desse jeito. Você concorda?

R: "São sempre difíceis e há sempre exposição. Esta foi, de certa forma, algo completamente diferente ... Houve estas duas cenas, e eu não sabia que eu poderia fazer essas duas cenas. Na era da Internet e todo o resto, eu não sabia se era isso o que eu queria que fosse mostrado.

Eu liguei para ele inicialmente para recusar porque achei que as cenas eram incrivelmente importantes para o filme. Então não era uma questão de negociar tirá-las do filme. Mas eu pensei que não podia fazê-las... Nós conversamos por algum tempo sobre exatamente o que era e para tentar entender isso psicologicamente. Assim que discutimos, eu disse 'Ok, tudo bem, desde que não seja sexy. O aspecto brutal horrível é mantido, e não é uma cena de sexo de espancamento."

NOVA YORK (Reuters)
(Reportagem de Christine Kearney)

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