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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Febre nos anos 90, “bichinho virtual” Tamagotchi faz 15 anos

78 milhões de usuários já cuidaram de um aparelho como esse

Tamagotchi deveria ser cuidado e alimentado

O Tamagotchi, o pequeno ovo eletrônico que no Brasil virou febre nos anos 90 com o apelido de “bichinho virtual” completa 15 anos de existência nesta quarta-feira (23). O aparelho recebeu o cuidado de 78 milhões de usuários nesse período.

Hiraku Minamika, um dos porta-vozes da fábrica de brinquedos japonesa Bandai, fabricante do produto, diz que “realmente ninguém esperava que ele se transformasse em algo tão grande”.

A versão do Tamagotchi que foi lançada em 23 de novembro de 1996 era uma tela com forma de ovo e o tamanho de um chaveiro que mostrava uma espécie de pinto virtual, que devia receber alimento, higiene e carinhos por meio de três botões.

Com os cuidados apropriados, o Tamagotchi completava geralmente um ciclo natural - nascia, crescia e morria - em cerca de 20 ou 25 dias, o que criava no usuário um senso de responsabilidade virtual pela dependência do animal de estimação.

Desde que foi criado o primeiro modelo de Tamagotchi (nome que vem da palavra japonesa "tamago", que significa "ovo"), foram lançadas mais de 35 versões do produto.

No início, o brinquedo foi criado para distrair meninas a partir de seis anos, embora sua proposta tenha atraído também jovens, homens e mulheres. A edição de 1996 vendeu em apenas três anos cerca de 40 milhões de unidades.

O repentino sucesso fez com que a Bandai apostasse firme no produto. Depois, o produto deixou de ser apenas um brinquedo para se transformar em um personagem, com sua própria série de animação para televisão, que ainda é exibida no Japão, e um filme em 2007.

Desde então, o ovo cibernético conta com aplicativos para celulares, aprendeu a tocar música em seu modelo americano Music Star e protagonizou versões para videogames.

O Tamagotchi, no entanto, não foi um fenômeno livre de polêmicas, já que, quando foi lançado, alguns psicólogos, como os da Universidade Teikyo em Tóquio, alertaram sobre os graves transtornos de ansiedade, insônia e falta de socialização que o brinquedo podia causar nas crianças.

Naquele momento foi analisado o perigo de uma invenção que, para os especialistas, também podia causar depressão e a frustração de seus usuários quando a falta ou o excesso de cuidados ao animal de estimação virtual provocavam sua morte por indigestão, obesidade, solidão, fome ou falta de carinho.

Quando estava em seu auge no Japão, o Tamagotchi chegou a causar problemas sociais, como desatenção no trabalho e inclusive acidentes de trânsito, ocorridos enquanto os motoristas atendiam as necessidades de seus animais de estimação virtuais.

Na ocasião, surgiram iniciativas como creches para o Tamagotchi, onde uma empregada alimentava e cuidava dos animais de estimação, e sites que funcionavam como "cemitérios virtuais" para os que morriam.

Agência Efe

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