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sábado, 19 de novembro de 2011

Redes sociais como ferramenta de negócio

Redes sociais podem ser uma poderosa ferramenta para pequenas empresas que procuram crescer. Mas, para algumas iniciantes, é mais do que isso: são a base para o negócio.

O caso de Brent Hieggelke e sua esposa é um bom exemplo. Três anos atrás, o casal decidiu alugar sua casa de férias no noroeste dos Estados Unidos, mas estava receoso em deixar estranhos sozinhos na propriedade. Foi quando Hieggelke decidiu usar redes sociais para buscar inquilinos.

SOCIALEle criou um aplicativo no Facebook, o Second Porch, para fechar negócios entre amigos. Usuários postam a disponibilidade dos seus imóveis em anúncios nos murais de notícias dos seus amigos, que também podem fazer recomendações sobre futuros inquilinos e propriedades.

"Cada pessoa provavelmente conhece dez outras que têm casas de veraneio, e até mesmo mais do que dez interessadas em alugar, o que resulta em muitas opções a considerar", diz Hieggelke.

Em um ano, o Second Porch atraiu mais de US$ 1 milhão em investimentos, que Hieggelke usou para criar um site independente que, além de usar o aplicativo, oferece ainda mais recursos. O site atraiu mais de 16.000 listagens e chamou a atenção de outro serviço de aluguel, o HomeAway, que comprou o Second Porch há cinco meses.

Empresários que constroem seus negócios em torno de websites de redes sociais afirmam que eles oferecem uma grande vantagem: os clientes ficam extraordinariamente envolvidos, compartilham produtos e serviços favoritos com os amigos, que muitas vezes também se transformam em consumidores. E o que é melhor, dizem: os clientes veem o negócio como um tipo de atividade social em si, interagindo com outros clientes e fazendo recomendações que serão postadas em murais de notícias do Facebook de todos os seus amigos.

O Yardsellr.com construiu todo o seu negócio em torno de bate-papos com clientes sobre os produtos. A jovem empresa de San Francisco permite que os usuários do Facebook vendam produtos para pessoas com interesses semelhantes. Os participantes se reúnem em grupos, ou "blocos", que representam nichos de interesses — desde colecionadores de itens da série "Start Trek - Jornada nas Estrelas" até amantes de guitarras e bolsas. Quando alguém da lista põe um item à venda, o aplicativo o exibe no mural de notícias de outras pessoas que se subscreveram nesses blocos, e permite que participem de conversas em andamento.
Os comentários sobre as listagens "são onde tudo acontece", diz o fundador e diretor-presidente Danny Leffel. "Mais de 100.000 seguidores regularmente comentam produtos que eles amam, o que tem valor de entretenimento e que pode promover, também, educação para decisões de compra mais conscientes."

Os participantes então seguem links para voltar ao próprio site Yardsellr e fazer suas compras. A empresa ganha dinheiro cobrando uma taxa do comprador, e taxas pela prestação de serviços de marketing opcionais disponíveis para os vendedores. Como é uma empresa privada, Leffel não divulga resultados financeiros, mas diz que o Yardsellr tem 3,9 milhões de participantes — e ganha 20.000 novos todos os dias. O grupo Yellowdog Media, dono do Yardsellr, lançou recentemente outro site similar chamado Style.ly, especializado em roupas.

A Facebook Inc. não revela quantas empresas estão combinando seu negócio principal com o comércio virtual. Mas um porta-voz da empresa diz que mais de 7 milhões de aplicativos e sites estão integrados a sua rede social, permitindo aos visitantes fazerem coisas como compartilhar o conteúdo de um site com seus amigos do Facebook. E a maioria dos sites de redes sociais, incluindo LinkedIn, Twitter e até mesmo YouTube, oferece funcionalidades semelhantes.

Pequenas empresas nunca tiveram esse nível de acesso ao cliente, com tanta capacidade de rastrear seu comportamento, diz Charlene Li, fundadora da Altimeter Group, uma firma de consultoria em San Mateo, Califórnia. "Você sabe seus nomes, o que eles gostariam e muito mais do que jamais soube antes", diz Li. "Esse tipo de conhecimento pode ajudar a acelerar um negócio novo, porque o proprietário consegue entender o que os clientes querem e precisam."

Mas as empresas precisam agir com cuidado, diz ela. Ao se aproximar tanto dos clientes, precisam renunciar ao modo tradicional de vender — ou correm o risco de afastar compradores (e outros participantes) das suas redes. É preciso dar respostas rápidas a solicitações e reclamações em todos seus canais de mídia social, especialmente quando aparecem em fóruns públicos.

Isso pode significar ter uma equipe exclusivamente dedicada a este trabalho, diz Li. As empresas não podem simplesmente entregar a tarefa para "um funcionário júnior... que é sarcástico com os clientes."

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