Estimativa do Inca aponta para meio milhão de novos diagnósticos de câncer no país só neste ano
O costume de fazer o autoexame das mamas todos os meses fez Antônia Gonçalves Leite, 35, descobrir o câncer no estágio inicial. Ela procurou a rede pública, mas preferiu fazer os exames em clínicas particulares, com a ajuda de amigos. ´Aqui, o processo seria muito demorado, e o câncer não espera. Se eu esperasse, não teria nem feito a cirurgia ainda`, afirma Antônia. A técnica em gesso passou por três cirurgias, além de sessões de quimio e radioterapia.
Cerca de 20% dos gastos do SUS são destinados ao tratamento do câncer - valor que supre aproximadamente 80% da necessidade atual. O restante, segundo o coordenador de ações estratégicas do Inca, Cláudio Noronha, é coberto por planos de saúde. ´Os gastos são elevados porque exigem acompanhamento permanente do paciente, e os medicamentos custam muito caro`, explica. Todos os meses, 235 mil pessoas são atendidas nos ambulatórios para fazer quimioterapia, e outras 100 mil passam por radioterapia. Noronha afirma que as mortes em decorrência do câncer têm aumentado e devem dobrar nos próximos 20 anos. Mas entre 35% e 40% dos óbitos poderiam ser evitados se houvesse prevenção ou diagnóstico precoce.
A preocupação com o avanço do câncer no mundo fez a União Internacional de Controle do Câncer mobilizar ontem, quando foi lembrado o Dia Mundial do Câncer, 400 organizações de 120 países para que sejam adotadas estratégias de prevenção contra a doença e outros males crônicos não transmissíveis, como diabetes e problemas cardiovasculares e respiratórios. (Ana Elisa Santana)
"Os gastos são elevados porque exigem um acompanhamento permanente do paciente, e os medicamentos custam caro" Cláudio Noronha, coordenador do Inca
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