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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Prevenção contra ação de pedófilos na internet

Abuso sexual e ameaças de divulgar fotos e vídeos pornográficos na internet. O crime de pedofilia cometido por Lucimério Alves Gondim, 34, não foi configurado por meio da web. Mas era em computadores, em sua lan house, que ele armazenava as imagens dos jovens, todos meninos. Vítimas de suas investidas, segundo a polícia. Lucimério está preso em Salgueiro, no Sertão. Os abusos eram praticados no município de Terra Nova, a 57 km do presídio. O caso veio à tona no mesmo dia em que a Polícia Federal esteve em duas escolas na Região Metropolitana do Recife orientando jovens a se prevenirem dos ´ataques` dos pedófilos na rede. A ação fez parte do Dia Internacional da Internet Segura, data marcada no calendário de 65 países. No país, o foco foi a pedofilia na web.

Lucimério foi pego porque um dos jovens, um adolescente de 17 anos, denunciou os abusos. ´Mesmo quando a criança ou o adolescente não é vítima da ação, é preciso que as informações sejam repassadas à polícia, uma vez que essa iniciativa pode acabar evitando que um outro jovem, menos instruído, venha a ser vítima desse tipo de crime`, explica o perito criminal da Polícia Federal, Diogo Cunha.

O controle direto do conteúdo ao qual o jovem tem acesso, destaca Diogo Cunha, é o grande diferencial entre alguém que pode ou não ser alvo de uma investida de um pedófilo pela internet. ´Da mesma forma que uma mãe sempre pergunta e quer saber com quem o filho anda ou com quem convive, é preciso também ter a mesma vigilância sobre os contatos que mantém também na internet, uma vez que esse tipo de crime excede o mundo virtual`, recomenda Diogo Cunha.

Lições
O jovem D.A.M., de 16 anos, ouviu atentamente a palestra do perito da PF. Ao final, falou sobre a experiência vivida por ele. Disse aos amigos que o diálogo com os pais parece ser a saída mais segura para se resguardar contra possíveis abusadores. Foi o que fez há alguns meses, quando uma pessoa o adicionou no MSN messenger e tentou obrigá-lo a mostrar-se por meio da webcam. ´Ela sabia onde eu morava e onde praticava esporte, quem eram meus amigos... Chegou a ameaçar meus pais se eu não fizesse o que queria. Tive medo e contei para eles o que tinha acontecido`, lembra. 

Por decisão dos pais, o rapaz eliminou todas as contas anteriores e agora mal entra em ferramentas de troca de mensagens. No entanto, nenhuma denúncia foi formalizada junto à polícia, um erro recorrente que pode dificultar o trabalho de identificação do criminoso. 

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