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terça-feira, 28 de junho de 2011

Dilma recua e abre orçamentos da Copa para fiscalização, diz jornal

Após a repercussão negativa da MP aprovada na semana retrasada, presidenta volta atrás e decide liberar acesso aos dados

A presidenta Dilma Rousseff, durante reunião do conselho político: MP da Copa em pauta
Após a repercussão negativa da Medida Provisória aprovada pela Câmara dos Deputados na semana retrasada, que retirava dos órgãos de fiscalização o direito de consultar os dados dos orçamentos das obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, no Rio, a qualquer momento, a presidenta Dilma Rousseff voltou atrás e decidiu que vai alterar o texto com pelo menos dois ajustes.

Segundo reportagem publicada na edição desta terça-feira do jornal Folha de S.Paulo, o novo texto da MP a ser proposto pelo governo liberará o acesso permanente dos tribunais de contas às planilhas e determinará a divulgação imediata dos orçamentos logo depois de feitos os lances durante os processos de licitação.

De acordo com o texto da MP aprovado pelos deputados na Câmara, as informações sobre as licitações seriam repassadas em "caráter sigiloso" e "estritamente" aos órgãos de fiscalização e controle depois de conhecidos os lances das licitações, mas em data que caberia ao próprio governo definir.

O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que as modificações poderão ser feitas por "emenda de redação" na Câmara, ainda nesta terça-feira, ou na próxima semana, no Senado Federal.

"Ao se colocar o termo sigilo, que foi um cuidado para transformar em crime se houvesse o vazamento do preço licitatório, ficou a impressão que ninguém saberia esses preços. Mas haverá o acompanhamento permanente da obra pelos órgãos de controle", disse Jucá ao jornal.

A MP aprovada pela Câmara dos Deputados foi o principal assunto tratado pela presidenta Dilma Rousseff na reunião de coordenação política realizada na última segunda-feira. Ela pediu pressa à sua base no Congresso Nacional para que a votação do projeto seja finalizada.

A Câmara vota nesta terça-feira os cinco destaques apresentados por deputados ao texto-base da MP, e a orientação do Planalto é derrubar os cinco. A intenção da presidenta é que o novo regime de concorrências mantenha o orçamento das obras em sigilo até que as empresas façam seus lances. O objetivo é evitar que, cientes do teto, elas combinem preço entre si.

Por ESPN.com

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