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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Com o que pagar? Avalie qual a melhor forma de arcar com despesas no exterior

As férias de julho estão chegando e, com o dólar ainda competitivo, muitos brasileiros devem embarcar para o exterior. Depois dos cuidados na hora de comprar as passagens e reservar a hospedagem, os consumidores acreditam que estão preparados para aproveitar a viagem. Mas muitos esquecem que, lá fora, fazer compras pode ser diferente do que fazer aqui.

Primeiro porque, dependendo da forma de pagamento escolhida, a conta pode sair mais ou menos cara, como explica a superintendente de Comércio Exterior do Itaú Unibanco, Valeria Mortari, e o superintendente de produtos Cartões da instituição, Frederico Souza. No exterior, as opções para fazer compras são cartão de débito e de crédito internacional, cartão pré-pago de viagem, traveller check e dinheiro. Na hora de escolher, os consumidores devem atentar à aceitabilidade, aos custos e aos benefícios de cada uma dessas formas de pagamento.

Para as próximas férias de julho, os executivos esperam um aumento mais intenso tanto no uso do cartão de crédito internacional quanto do pré-pago.“Quando falamos de pré-pago, traveller check ou espécie, a compra é no ato. Essas formas são para quem precisa de previsibilidade da variação cambial”, dizem os executivos. O cartão de crédito, por outro lado, é para quem precisa de prazo.

IOF e câmbio
Diante da alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre compras com cartão de crédito no exterior e a instabilidade do câmbio, as opções mais em conta são justamente os meios que permitem pagamento no ato. “A vantagem [no caso do cartão de débito] é que você tem alíquota de IOF menor. Hoje, a melhor opção é o IOF reduzido. E no cenário de instabilidade cambial, o cartão de débito lhe permite não ter surpresas com a taxa”.

No caso do traveller check, do cartão pré-pago e débito, o IOF no ato da compra é de 0,38%. Já para o cartão de crédito, o imposto alcança os 6,38%. “Os cartões pré-pagos têm como vantagem, além do imposto menor, a possibilidade de fazer compras on-line em lojas do exterior. Outro diferencial é o crédito não expirar. O cliente coloca o valor que acha que vai gastar e, se sobrar, ele pode usar em outras viagens. Além disso, o produto possui a conveniência de fixar o câmbio no ato da compra, além da possibilidade de recarregar os créditos no exterior”.

Para diluir os riscos de variação do câmbio, os executivos recomendam aos consumidores ficarem atentos ao tempo da viagem. “Se a viagem for curta, é melhor usar o pré-pago. Se for longa, o cartão de débito ou de crédito é a melhor opção”, afirmam. “As formas de pagamento devem ser complementares. Dividir os gastos entre cartão de crédito e pré-pago também permite diluir o risco de variação de câmbio”.

No quesito segurança e aceitabilidade, o dinheiro fica para trás. “Quando falamos de compra de maior valor, o estabelecimento não aceita de forma muito boa a espécie, as notas altas. O meio eletrônico é sempre mais bem aceito”, dizem. Sem contar os riscos de andar com dinheiro no exterior, que são maiores por conta de perdas e roubos.

O cartão de crédito também pode ser boa opção para quem fica de olho nos benefícios. “Temos que lembrar que muitos dos cartões têm programas de benefícios atrelados ao gasto e todos os cartões de crédito internacionais têm serviços de assistência e seguros ao cliente no exterior”, reforçam os executivos.

Destino: EUA
De acordo com levantamento feito pelo Itaú Unibanco, dos meios comercializados pelo banco, o cartão de crédito é o mais usado pelos brasileiros no exterior. Apesar disso, o traveller check ainda tem o seu espaço garantido. “Percebemos o aumento também neste produto da mesma forma que no pré pago. Acreditamos que no futuro esta situação se reverta, ou seja, o pré-pago tomará lugar do traveller check”, consideraram os executivos.

Segundo o banco, Orlando e Miami são os lugares onde os brasileiros mais utilizam cartões pré-pago. Na Europa, Londres é a cidade onde mais se utiliza esse meio de pagamento. Como o destino preferido é os Estados Unidos, 70% das cargas dos pré-pagos do banco são feitas em dólar. “Quanto ao uso do pré-pago em dólar, 89% é para compras em geral e somente 11% para saque”.

Por InfoMoney

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