O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta segunda-feira que a campanha do desarmamento recolheu 22,2 mil armas de fogo desde o seu lançamento em maio deste ano. O número de armas recolhidas é bem inferior a marcas registradas em outras campanhas, mas ainda assim Cardozo considera a iniciativa bem sucedida. Segundo ele, qualquer quantidade de arma retirada do mercado significa redução de risco de acidentes e mortes.
"O mapa da violência, que não é feito por nós, já mostrou que quando temos picos na campanha do desarmamento tem-se a redução da violência. É uma redução de 11% (no número de homicídios)", disse Cardozo.
O ministro afirmou também que a campanha tem um papel pedagógico contra a cultura da violência presente em programas de TV, cinemas e jogos eletrônicos. As discussões sobre a necessidade de retirar armas de circulação seria um contraponto a esses valores, que exaltam a força, a destruição e a morte.
"Nunca vi um jogo de videogame onde quem vence é aquele que salva vidas. Essa cultura da violência reproduzida por jovens, garotos, tem que ser mudada", disse Cardozo.
A campanha agora entra em outra fase com novas peças publicitárias para TV, rádio e internet. Serão lançados filmes em que atores narram tragédias de pessoas comuns relacionadas com o mal uso de armas de fogo.
Quem entregar uma arma nos postos de coleta da campanha de desarmamento não precisa fornecer dados pessoais para receber a indenização. Os valores de indenização variam de R$ 100 a R$ 300 dependendo do tipo de armamento.
Da Agência O Globo
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