Para se ter uma ideia da mudança na pirâmide populacional do Brasil, em 2004, a classe C representava apenas 42,4% dos habitantes do País. Neste ano, passou para uma representatividade de 53,9% e, para 2014, a projeção é de 58,3%, conforme mostra a tabela abaixo:
Maior crescimento no Nordeste
De acordo com o levantamento, três de cada dez pessoas que entram na nova classe média são nordestinos. Nessa região, é registrado o maior crescimento desse estrato social, com 50% de incremento. Em seguida, vêm a região Norte, com 35% de crescimento, o Centro-Oeste, com 29%, o Sudeste, com 21%, e, por último, o Sul, com 16%.
Em compensação, quando medida a contribuição de cada região para o crescimento da classe média, há algumas inversões: primeiro, vem o Sudeste (41%) e, depois, aparecem Nordeste (30%), Sul (12%) e Centro-Oeste e Nordeste, com 8% cada.
Outro destaque é a quantidade de pessoas da classe C que residem em áreas urbanas não metropolitanas.
Embora nesses espaços o estrato cresça apenas 28,3% (menos do que na área rural, 36,4%, e mais do que na metropolitana, 19,7%), eles representam 61,3% do total. Em seguida, a maior representatividade é da área metropolitana (25,9%) e da rural (12,7%).
Mais otimismo!
Ainda segundo o Data Popular, a nova classe média está mais otimista em sete anos. Isso porque o nível de otimismo alcançou 80% dessa população neste ano, contra 65% registrados em 2002. Os integrantes desse segmento no Nordeste e Norte do País demonstram maior otimismo, com 89% e 88%, respectivamente.
Já a nova classe média do Sul (75%) e Sudeste (76%) tem um grau inferior à média nacional, enquanto que o Centro-Oeste ficou com 82%.
Abaixo apresentamos o percentual de otimistas em relação aos investimentos em si próprio e também à disposição para compras de alto e médio valor:
- 79,9% realizarão algum curso nos próximos 12 meses
- 68,5% vão comprar ou trocar o celular nos próximos 12 meses
- 65,3% abrirão o próprio negócio
- 59,3% prestarão concurso público nos próximos 24 meses
- 58% comprarão um notebook nos próximos 12 meses
- 57,4% reformarão o imóvel
- 46,9% viajarão de avião nos próximos 12 meses
- 43,7% comprarão um carro nos próximos 12 meses
Os dados foram levantados a partir de três frentes: uma pesquisa on-line com 16 mil pessoas, ouvidas em 26 estados e 251 cidades, no segundo trimestre de 2011, outra pesquisa nacional presencial com 5.003 brasileiros em 44 municípios, no primeiro trimestre de 2011, e uma análise do histórico de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) e da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Cada classe social foi dividida a partir da renda domiciliar per capital mensal, ou seja, a soma de todos os rendimentos da família dividida pelo número de integrantes. Assim, a classe A tem renda domiciliar média de R$ 14.203, a classe B, de R$ 6.070, a classe C, de R$ 2.295, a classe D, de R$ 940, e a classe E, de R$ 273.
| Estrato social | 2004 | 2011 | 2014 |
| Classe A | 2,7% | 3,2% | 3,3% |
| Classe B | 6,3% | 8% | 8,7% |
| Classe C | 42,4% | 53,9% | 58,3% |
| Classe D | 41,3% | 31,1% | 26,8% |
| Classe E | 7,3% | 3,8% | 2,9% |
| Total de brasileiros | 181 milhões | 193 milhões | 197 milhões |
Fonte: Data Popular

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