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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Rendimento do trabalhador cresce pelo 3º mês, aponta Seade/Dieese

O rendimento médio real dos ocupados (descontada a inflação) cresceu 0,7% no país em novembro, ficando em R$ 1.443. Já o dos assalariados apresentou alta de 1,4%, para R$ 1.506. Este é terceiro mês consecutivo de incremento na renda (após oito quedas no início do ano e estabilidade nos meses de julho e agosto).

As informações são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em sete regiões metropolitanas e divulgada nesta terça-feira (31).

"A economia neste ano foi muito claudicante, com baixo crescimento e até ameaça de redução do nível da atividade. O rendimento médio parou de cair em setembro, após a situação melhorar, influenciada pelas medidas tomadas pelo governo após crescimento nulo do terceiro trimestre [julho, agosto e setembro]", explica Alexandre Loloian, técnico da Seade.

Nos últimos 12 meses, no entanto, o rendimento médio dos ocupados apresentou alta de apenas 0,2% (para R$ 1.412), enquanto a dos assalariados recuou 0,2% (para R$ 1.467).

No ano, houve aumento de 3,5% do assalariamento total, "Isso é um reflexo da expansão do emprego no segmento privado (3,9%) e, em menor proporção, do emprego público (0,6%)", analisa Sérgio Mendonça, técnico do Dieese.

O crescimento do setor privado ocorreu exclusivamente pela contratação de assalariados com carteira de trabalho assinada (5,8%), uma vez que se retraiu o emprego sem carteira (4,7%). Também diminuíram os contingentes de empregados domésticos (1,2%) e de autônomos (1,0%) e manteve-se relativamente estável o dos classificados nas demais posições ocupacionais (-0,3%).

Entre as regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos ocupados aumentou em Recife (6,7%, passando a valer R$ 1.009), Fortaleza (2,0%, R$ 923), Porto Alegre (1,6%, R$ 1.453) e São Paulo (1,1%, R$ 1.527), diminuiu em Salvador (7,5%, R$ 1.047) e Belo Horizonte (2,7%, R$ 1.415) e permaneceu em relativa estabilidade no Distrito Federal (-0,3%, R$ 2.093).

FORMALIZAÇÃO

Segundo os dados da PED, em 2011 houve uma consolidação do emprego formal no Brasil. "Nove em cada 10 empregados hoje têm a carteira assinada. Esse é um claro sintoma de que a precariedade está diminuindo", analisa Mendonça, do Dieese.

Do total das 19,839 milhões de pessoas empregadas em 2011, no setor privado, 11,537 milhões tiveram registro em carteira. "Registramos o menor número de desemprego oculto da série histórica neste ano".

De acordo com a definição da Seade e do Dieese, o desemprego oculto ocorre pelo trabalho precário (bicos sem perspectiva de continuidade e previsibilidade) ou pelo desalento (pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram).

DESEMPREGO

A taxa média de desemprego no país caiu em 2011, passando de 11,9%, em 2010, para 10,5% no ano passado.

Em dezembro, a taxa recuou para 9,1%, ante 9,7% em novembro. Esta é menor taxa verificada desde o início da série histórica, em janeiro de 1998.

Folha.com

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