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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Brasil terá população menor e mais velha em 2050


Os economistas Fábio Giambiaggi e Paulo Tafner fizeram uma pesquisa detalhada sobre o perfil da população. As mudanças são muitas, os desafios.

Como você acha que vai ser o Brasil em 2052? Há notícias boas e outras preocupantes – se o país resolver não encarar certos problemas.

Temos 40 anos pela frente. Mas é preciso planejar agora o país em que queremos viver. Os economistas Fábio Giambiaggi e Paulo Tafner fizeram uma pesquisa detalhada sobre o perfil da população. As mudanças são muitas, os desafios, enormes e as oportunidades, também.

Fazer a nossa parte é cuidar da saúde, do bem estar do corpo e da mente.
“Vou fazer 57 anos. Todo dia caminho na parte das 6h às 8h, na parte da tarde fico de 17h30 até 18h30, 19h”, conta a dona de casa Karla Bitencourt da Costa.

A tendência é que cenas de gente se exercitando nas ruas se multipliquem daqui para frente. Sinal de vitória: Estamos vivendo mais. Mas também é certo dizer que hoje nascem menos brasileiros. Uma combinação que está mudando a cara do país.

Seremos uma nação madura, literalmente, e em um futuro não muito distante. Até 2050, metade dos brasileiros terá cerca de 40 anos e, segundo os pesquisadores, a população vai começar a diminuir.

Há dez anos, o IBGE previa que em 2050 seríamos 238 milhões. Mas na última revisão, feita em 2008, esse número caiu para 215 milhões.

Como preparar o país para uma população que está envelhecendo? As pesquisas mostram que nos próximos 20 anos já teremos mais idosos do que crianças e jovens no Brasil. Os especialistas alertam: ainda há tempo de estabelecer estratégias e mudanças, mas tem que ser já.

A primeira medida urgente é a reforma da Previdência, diz o economista Paulo Tafner, um dos autores do livro “Demografia, uma ameaça invisível”.

“É inconcebível que mulheres estejam hoje se aposentando aos 51 anos, os homens aos 54 e vivendo por mais 25, 30 anos, isso é insustentável”, destaca o economista Paulo Tafner.

Além de aumentar o tempo de contribuição de homens e mulheres, o economista defende outros ajustes. Necessários, segundo ele, para evitar que benefícios sejam cortados amanhã. São muitas as mudanças pela frente diante de um país que envelhece.

“Obviamente que isso exigirá cuidados especiais com pessoas que serão mais velhas: mudança na rotina de trabalho, trabalhos intensos em força física devem diminuir. Por outro lado deve abrir oportunidades de grandes negócios ligados ao lazer dos idosos, assim como de cuidados especiais com idosos, clínicas de repouso, hospitais especializados em idosos, e outras atividades”, descreve o economista Paulo Tafner.

De olho no futuro, a pesquisadora Denise Pinheiro lançou um guia de endereços e serviços para idosos.

“As pessoas com 60 anos ainda são jovens, imagina se elas vão viver até os 90. Ainda têm 30 anos pela frente. Hoje em dia tem uma série de oportunidades e serviços e prazeres que ainda não estão bem divulgados”, explica Denise Pinheiro.

Professora de pilates, Fernanda Fajardo hoje tem como público alvo da academia os alunos com mais de 60 anos: “É a clientela do futuro, com certeza. Pensamos muito neles para montar os projetos, para montar as aulas, muito voltado para esse segmento da população”.

Aos 82 anos, Carmem Ramos colhe os frutos de um corpo mais alongado e forte por causa dos exercícios. Quando pergunto se ela acha que o Brasil está preparado para envelhecer: “Se o país está preparado eu não sei, mas eu estou querendo viver mais, aproveitando a vida, o que ela tem para me oferecer”.

G1 E Bom Dia Brasil

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