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terça-feira, 18 de maio de 2010

Jarbas: ''Campanha pra valer não começou. Vamos reverter''

O senador Jarbas Vasconcelos considera “perfeitamente natural” o fato de figurar nas pesquisas muito distanciado do governador Eduardo Campos e com alto índice de rejeição. Lembra que a pesquisa foi feita apenas dois dias depois da sua decisão em aceitar ser candidato, e até aquele momento ele vinha fazendo a “anti-campanha”, ou seja, dizendo para as pessoas que não era candidato a governador. “Pesquisa pra valer mesmo só quando a campanha começar, em julho”, diz o senador, quando ele pretende atacar em todas as frentes, mostrando as falhas do governo atual. “Nossa luta é equilibrar o quadro atual e depois pensar em vitória”. Em longa entrevista hoje pela manhã na Rádio Folha FM, o senador não deixou sem resposta nenhuma pergunta, incluindo as relacionadas com o desempenho baixo na pesquisa divulgada ontem.

Assim, o candidato oposicionista deixou claro que não está preocupado com o alto índice(19%) de rejeição na pesquisa, disse que em nenhum momento procurou o deputado Inocêncio Oliveira para suposta aliança, nem autorizou ninguém a fazê-lo, para ele apenas “mera especulação”. Voltou à carga contra seu partido, o PMDB, para ele “hoje um satélite do PT”, considera o avanço de Dilma nas pesquisas até pequeno ante a exposição a que é submetida por Lula, e revela um fato curioso: a sua decisão em aceitar a candidatura foi motivada pela pressão de seus aliados, mas, também, pelo ataque que recebeu de um porta-voz do governador, que disse que ele não tinha coragem cívica para se candidatar. “Isso me motivou também”, revela.

Vejam a entrevista:

Pesquisa

Vejo os números com absoluta naturalidade. A pesquisa entrou em campo(dia 8) dois dias após eu ter aceitado ser candidato. Até então eu tinha feito a anti-campanha, ou seja, quando indagado se era candidato respondia que não. Então é natural que a pesquisa reflita ainda esse desnivelamento, com o governador lá em cima e eu bem mais abaixo. A campanha mesmo só após oficializada a candidatura na convenção. Até lá vou ficar em plena desvantagem, ainda não podendo me apresentar como candidato, com o governador no cargo em ampla mobilização em todo o Estado, sobretudo no interior. Quando aceitei sabia das dificuldades, nunca disse que ia enfrentar uma eleição fácil, ao contrário, sabia que seria uma luta dura, difícil.

Alta rejeição(19%)

É baixa, baixíssima. Os outros, com rejeição menor do que eu, têm nível de conhecimento bastante reduzido. É absolutamente normal que eu, num processo político, eleitoral, partidário, administrativo e parlamentar há tantos anos, apareça com um nível de rejeição desse. Lembro que 19% é bem menos do que um quarto da população, eu que tenho um nível de conhecimento no Estado superior a 90%.

Inocêncio

Nunca procurei o deputado Inocêncio Oliveira para falar de adesão do PR. Nunca telefonei para ele, nunca mandei nenhum emissário, nunca autorizei. O que tenho lido na imprensa é mera especulação. Quanto ao PP, o senador Sérgio Guerra tem sim conversado com algumas pessoas do partido.

Segundo turno?

Acredito que pode ser uma eleição de dois turnos. Tenho dito com toda a clareza que nossa luta no momento é para equilibrar o quadro e depois ir para a disputa pensando em ganhar a eleição. Vamos para o interior, contactando as pessoas certas, fazendo uma movimentação grande, dar mais entrevistas, enfim mudar o quadro atual em que o governador aparece numa situação confortável com o governo nas mãos. Neste aspecto cito o que ocorreu sábado passado, quando o deputado Raul Henry foi a Águas Belas e constatou lá que pouquíssimas pessoas sabiam do que acontecera poucos dias antes, ou seja, que eu me lançara candidato a governador. É uma situação de desnível que reconheci publicamente. Vamos reverter isso.

Alvos a atacar

A comparação de que o governador Eduardo Campos tanto fala que pretende fazer é com o nosso governo. E nisso vamos comparar. Vamos às obras e seu andamento. Cito, para dar um só exemplo, e talvez dos mais graves, a refinaria, o maior empreendimento do Estado, que está do jeito que deixamos. Alega-se que tem problemas no Tribunal de Contas de União. E daí? Governo é para isso mesmo, procure resolver, e não deixar na terraplenagem com mais de três anos e cinco meses de administração. Falo só da refinaria porque, já disse, é o maior empreendimento do Estado. Falou-se em conclusão para 2010, depois 2012, e agora ninguém fala mais.

Faltou coragem

Repito sempre que fui pressionado pelos aliados e pelo povo para ser candidato, isso foi uma contribuição de peso para minha decisão. Mas houve também provocações. Foi uma provocação muito grande por exemplo, um porta-voz do governador vir dizer que me faltou coragem cívica para aceitar ser candidato. Uma provocação boba, tola, do tipo que termina tocando e motivando a gente.

Dilma

O avanço dela nas pesquisas até poderia ser maior pela exibição excessiva a que é submetida pelo presidente Lula, com comerciais de TV, avião com o presidente para todo o lado, e outras coisas mais. Isso sem falar do programa do partido, quinta-feira passada, para mim um deboche para com a Justiça Eleitoral. Ela então colhe os frutos de tudo isso.

Impedimento

Não acredito que possamos ser punidos, excluídos do processo por não apoiarmos a candidata do presidente. Há consultas com esse objetivo, que acompanhamos. Não acredito que teremos de ficar de fora. Até porque o PMDB sempre foi uma geléia geral, sempre procurou apoiar quem está de cima. Não é à toa que está nessa política do toma lá, dá cá do governo federal. O PMDB é um satélite do PT e não vai para essa posição programática, ideológica. Nunca foi, por que é que vai agora?

Blog do Magno

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