
Vejam a entrevista:
Pesquisa
Vejo os números com absoluta naturalidade. A pesquisa entrou em campo(dia 8) dois dias após eu ter aceitado ser candidato. Até então eu tinha feito a anti-campanha, ou seja, quando indagado se era candidato respondia que não. Então é natural que a pesquisa reflita ainda esse desnivelamento, com o governador lá em cima e eu bem mais abaixo. A campanha mesmo só após oficializada a candidatura na convenção. Até lá vou ficar em plena desvantagem, ainda não podendo me apresentar como candidato, com o governador no cargo em ampla mobilização em todo o Estado, sobretudo no interior. Quando aceitei sabia das dificuldades, nunca disse que ia enfrentar uma eleição fácil, ao contrário, sabia que seria uma luta dura, difícil.
Alta rejeição(19%)
É baixa, baixíssima. Os outros, com rejeição menor do que eu, têm nível de conhecimento bastante reduzido. É absolutamente normal que eu, num processo político, eleitoral, partidário, administrativo e parlamentar há tantos anos, apareça com um nível de rejeição desse. Lembro que 19% é bem menos do que um quarto da população, eu que tenho um nível de conhecimento no Estado superior a 90%.
Inocêncio
Nunca procurei o deputado Inocêncio Oliveira para falar de adesão do PR. Nunca telefonei para ele, nunca mandei nenhum emissário, nunca autorizei. O que tenho lido na imprensa é mera especulação. Quanto ao PP, o senador Sérgio Guerra tem sim conversado com algumas pessoas do partido.
Segundo turno?
Acredito que pode ser uma eleição de dois turnos. Tenho dito com toda a clareza que nossa luta no momento é para equilibrar o quadro e depois ir para a disputa pensando em ganhar a eleição. Vamos para o interior, contactando as pessoas certas, fazendo uma movimentação grande, dar mais entrevistas, enfim mudar o quadro atual em que o governador aparece numa situação confortável com o governo nas mãos. Neste aspecto cito o que ocorreu sábado passado, quando o deputado Raul Henry foi a Águas Belas e constatou lá que pouquíssimas pessoas sabiam do que acontecera poucos dias antes, ou seja, que eu me lançara candidato a governador. É uma situação de desnível que reconheci publicamente. Vamos reverter isso.
Alvos a atacar
A comparação de que o governador Eduardo Campos tanto fala que pretende fazer é com o nosso governo. E nisso vamos comparar. Vamos às obras e seu andamento. Cito, para dar um só exemplo, e talvez dos mais graves, a refinaria, o maior empreendimento do Estado, que está do jeito que deixamos. Alega-se que tem problemas no Tribunal de Contas de União. E daí? Governo é para isso mesmo, procure resolver, e não deixar na terraplenagem com mais de três anos e cinco meses de administração. Falo só da refinaria porque, já disse, é o maior empreendimento do Estado. Falou-se em conclusão para 2010, depois 2012, e agora ninguém fala mais.
Faltou coragem
Repito sempre que fui pressionado pelos aliados e pelo povo para ser candidato, isso foi uma contribuição de peso para minha decisão. Mas houve também provocações. Foi uma provocação muito grande por exemplo, um porta-voz do governador vir dizer que me faltou coragem cívica para aceitar ser candidato. Uma provocação boba, tola, do tipo que termina tocando e motivando a gente.
Dilma
O avanço dela nas pesquisas até poderia ser maior pela exibição excessiva a que é submetida pelo presidente Lula, com comerciais de TV, avião com o presidente para todo o lado, e outras coisas mais. Isso sem falar do programa do partido, quinta-feira passada, para mim um deboche para com a Justiça Eleitoral. Ela então colhe os frutos de tudo isso.
Impedimento
Não acredito que possamos ser punidos, excluídos do processo por não apoiarmos a candidata do presidente. Há consultas com esse objetivo, que acompanhamos. Não acredito que teremos de ficar de fora. Até porque o PMDB sempre foi uma geléia geral, sempre procurou apoiar quem está de cima. Não é à toa que está nessa política do toma lá, dá cá do governo federal. O PMDB é um satélite do PT e não vai para essa posição programática, ideológica. Nunca foi, por que é que vai agora?
Blog do Magno
Nenhum comentário:
Postar um comentário