Lula diz ao jornal El País preferir "um Carnaval a uma guerra"

Na entrevista Lula disse que 'não vê possibilidade' de o PT não ganhar as eleições presidenciais, marcadas para outubro deste ano. 'Ganhe quem ganhar, ninguém fará nenhum absurdo. O povo quer seguir caminhando, e não retroceder. No entanto, não vejo a possibilidade de que [o PT] perca as eleições', disse. No texto, Lula afirmou que o Brasil possui uma questão nuclear bem definida, e vai esgotar todas as possibilidades de um pacto com o Irã para que o país continue enriquecendo urânio, garantindo que seus fins são pacíficos. 'Não quero a guerra, sou um homem de diálogo', disse ele.
O presidente da República disse ainda que um chefe de Estado não é uma pessoa, e sim uma 'instituição', que nem sempre tem vontade própria. ''Tenho que me relacionar bem com Piñera, no Chile, da mesma forma como fiz com Bachelet, sem a possibilidade de não gostar de um presidente porque ele é de direita', afirmou ele. 'No exercício do poder, sou um cidadão internacional, multi-ideológico'.
O entrevistador comparou Lula a Sancho Pança, personagem do clássico Dom Quixote, citando uma passagem do livro em que o fiel amigo do protagonista diz que, de qualquer maneira que o vestirem ao assumir o governo, continuará a ser ele mesmo. 'Lula é Lula, seja qual for sua roupa, de macacão de metalúrgico ou de terno', afirmou Cebrián.
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