PIB e população, e não só tradição, tática e talento, devem entrar na conta.
Dois pesquisadores desenvolveram um modelo para antecipar resultados do futebol internacional com base, principalmente, em dados demográficos e econômicos. Para Simon Kuper e Stefan Szymanski, esse tipo de informação é até mais determinante que tradição, disciplina tática e talento. Seus cálculos – recebidos com curiosidade e ceticismo – saíram na edição britânica da revista "Wired". Dá Brasil. Mas em uma final inconcebível contra a Sérvia.
Kuper e Szymanski juram que é possível prever o resultado de um enfrentamento por meio de um algoritmo. A conta é, basicamente, calcular a razão entre as populações, o PIB per capita e o tempo de experiência futebolística das seleções, em cada enfrentamento. O quociente obtido é ponderado por uma constante que representa a vantagem de jogar em casa (evidentemente, aplicável desta vez apenas à África do Sul).

O método prevê corretamente quem vai ganhar em 72% das vezes, afirma a dupla.
O algoritmo apontou os seguintes jogos nas quartas: Alemanha e França; Sérvia e Coreia do Sul; Brasil e Holanda; Espanha e Itália. Nas semifinais: Sérvia e Espanha; Brasil e Alemanha. Na final, o Brasil vira hexa, em cima da Sérvia.

Kuper, nascido em Uganda, estudou história e literatura alemã em Oxford. Torcedor do Liverpool, vive na França.
Em um perfil no site do jornal britânico “Financial Times”, conta-se que ele começou a trabalhar lá cuidando da coluna diária de câmbio, em 1994. “Vencido pelo tédio, saiu em 1998. Retornou em 2002 como colunista de esportes, e de vez em quando escreve sobre literatura ou sobre a Holanda.”
Em novembro de 2009, ele deu entrevista aoG1, na qual disse que, se a copa fosse de pontos corridos, o Brasil seria campeão.
Szymanski é economista, também formado em Oxford, e dirige o programa de MBA em finanças da Cass Business School. Escreveram, entre outros, "Why England Lose" (Por que a Inglaterra perde), onde apresentam sua elaborada fórmula para profetizar resultados futebolísticos.
Do G1, em São Paulo
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