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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Entenda o que acontece no organismo de quem fuma crack

A droga é a que mais vicia os usuários. Neste último ano o consumo dobrou no Rio de Janeiro. Basta experimentar duas vezes e o consumidor se transforma em viciado.

O que faz grávidas, menores de idade, não conseguirem resistir ao crack? A resposta está no potencial desta droga, que é a que mais causa dependência. Bastam apenas duas tragadas para que o usuário se torne um viciado.

O efeito do crack é imediato. Em seis segundos ele provoca a sensação de euforia, mas logo em seguida vem a depressão.

Depois de tragada, a fumaça das pedras é absorvida rapidamente pelos pulmões. Dali, a droga é transportada pelo sangue até o cérebro, onde é ativada uma área responsável pelo prazer. Neste instante, o corpo recebe uma descarga de dopamina, substância que provoca euforia.

A Rede Globo acompanha desde sexta-feira um grupo de dependentes da droga que se reúne numa linha de trem, ao lado de uma favela, no subúrbio do Rio de Janeiro. A polícia fez operações e já mandou 120 usuários para a delegacia. Como não é crime, todos foram liberados e costumam voltar para o mesmo lugar.

O crack transforma crianças, jovens e adultos em escravos. As pessoas ficam apáticas, não têm fome, não têm sede, abandonam emprego, estudo, amigos e a família. Nas clínicas de tratamento, os índices de recuperação ainda são muito baixos.

“Há pouco tempo estava tratando de um cliente médico, que veio a consumir a droga dentro do hospital, o que deixou ele bastante preocupado”, conta Marcelo Migoln, psiquiatra da UFRJ.

Um casal sabe como é difícil largar o vício. Os dois são ex-usuários e hoje cuidam de um projeto de recuperação de dependentes químicos.

“Eu achava que dava para controlar o uso de drogas a hora que eu quisesse e isso não era verdade”, diz Sergio Ricardo de Oliveira, ex-dependente.

O tratamento é demorado. Os dependentes ficam internados, em média, seis meses. Tempo necessário para que eles consigam suportar a falta da droga. Depois tem início a fase ambulatorial com remédios e terapias.

“Depois de 22 anos de drogadição, eu encontrei uma luz no fim do túnel e pude escrever um nova história”, comenta Elaine Antunes, ex-dependente.

Médicos alertam que os bebês de mulheres que fumam crack durante a gravidez já podem nascer com síndrome de abstinência. As crianças podem ter alterações cerebrais e correm um sério risco de morrer.

Jornal Hoje

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