Os diálogos das escutas telefônicas, flagrados pela Polícia Federal, mostram as ligações perigosas de Tuma com o chefe da máfia chinesa paulista. Foram, aliás, vários telefonemas.
Em um deles, o coordenador das ações de combate à lavagem de dinheiro aparece tentando relaxar o flagrante da apreensão de US$ 160 mil que estavam sendo levados ilegalmente na bagagem de um assessor de uma deputada do aeroporto de Guarulhos para Dubai.
Apesar de todos os indícios, que escandalizaram o País, Tuma, pasmem, recebeu palavras de confiança do presidente Lula. E assim, acobertado, falou grosso, afirmando que poderiam tirar o cavalinho da chuva que não deixaria o governo. E depois, mostrando que quem manda no seu pedaço é ele e não o presidente saiu de férias dizendo que voltaria 30 dias após – e bem bronzeado.
Um gozador! Que governo é este que um criminoso do colarinho branco desafia o seu chefe? Antigamente, os colarinhos brancos que se viam às voltas com a polícia eram menos arrogantes. Hoje, são engomados e afrontam o chefe da Nação, sem o menor pudor. E o mais grave: Lula passa a mão na cabeça dele e do pai, o senador Romeu Tuma.
Coluna de hoje na Folha
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