Camila Vallejo, 23, admite que sua beleza acaba ajudando na exposição dos reclamos estudantis |
Estudante de geografia da Universidade do Chile, Camila preside desde novembro a confederação de estudantes da instituição, um dos colegiados responsáveis por reclamar reformas na educação chilena e ponta de lança dos protestos que estouraram nas ruas do país há dois meses
A beleza da jovem transformou-se em um dos atrativos de eventos e debates do movimento, como a reportagem da Folha pôde presenciar ontem em teatro de Santiago.
Durante discurso de Camila, a sala ficou lotada. Na saída, pedidos de fotos. Na rua, elogios até de senhores admirados com o vigor estudantil.
Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes Universitários do Chile, lidera movimento de protestos por melhores condições de ensino no país
"É normal esse assédio", comenta à Folha Vallejo, calma e atenciosa --diferente do agito de antes de discursar.
Nascida em Santiago, Camila é filiada ao Partido Comunista, como os pais, e milita em causas sociais desde os 18 anos. Admiradora do ex-presidente Salvador Allende, afirma venerar o presidente da Bolívia, Evo Morales.
Camila Vallejo deixa sala após reunião com o ministro da Educação e líderes do Confech (A Confederação dos Estudantes do Chile), em Santiago
A jovem cruza os dedos para responder que, agora, não tem pretensão política --também falta idade, já que no Chile, para ser deputado, é preciso ter mais de 35 anos.
Sobre ter se tornado musa dos protestos, conta, sem modéstia, que já esperava. "A sociedade chilena é muito machista. Aí surge uma mulher bonita, que vai debater, e ninguém aceita isso muito bem."
Camila Vallejo, uma das principais lideranças da Primavera Árabe dos estudantes chilenos, fala com a imprensa após reunião com líderes estudantis
Camila admite que sua beleza acaba ajudando na exposição dos reclamos estudantis. Ela só detesta falar que, sim, está namorando.
Folha.com
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