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terça-feira, 19 de julho de 2011

Corinthians admite que está difícil, mas pressiona City para aceitar proposta

A volta de Carlos Tevez ao Corinthians fica mais difícil a cada minuto que passa. Mas o clube, apesar do pessimismo, conta com um alinhamento de fatores que ainda podem fazer o Manchester City dizer, até o fim da quarta-feira, o "sim" definitivo para a negociação. O modo de fazer pressão é manter o silêncio e ficar irredutível na proposta, jogar para o clube inglês o risco de, se não vender Tevez agora, ficar no grupo com um jogador insatisfeito e sem mercado (devido aos altos valores e a crise na Europa).

O Corinthians ofereceu 40 milhões de euros mais 4 em bônus de acordo com performance do jogador e resultados. Este valor já foi aceito pelo Manchester City, que sabe que o jogador quer sair e que dificilmente conseguirá, entre os clubes europeus, arrecadar os 50 milhões de euros pretendidos inicialmente.

O problema, que emperra o negócio, é o pagamento da primeira parcela. O Manchester City quer receber parte do dinheiro agora, além das garantias bancárias para o resto do valor total. O Corinthians quer pagar os primeiros 10 (ou 11) milhões de euros somente em maio de 2012, quando receber o dinheiro da Rede Globo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro do ano que vem.

O clube paulista quer, portanto, ter Tevez "de graça" por quase um ano, apenas arcando com o salário do jogador. O Corinthians não considera a hipótese de pegar o dinheiro adiantado com a Globo e também não quer fazer um empréstimo bancário que viabilize o pagamento imediato. "Os juros são muito altos no Brasil, e o negócio ficaria ainda mais caro do que já é", contou uma fonte do clube ao ESPN.com.br.

Os ingleses não contavam com a dificuldade do Corinthians para viabilizar esse dinheiro de forma imediata - talvez não saibam que as taxas de juros bancários do Brasil são das mais altas do mundo. Por isso, ficaram surpresos pelo negócio ter emperrado a partir de domingo, justamente quando disseram o "sim" para os valores oferecidos e desistiram de segurar o argentino.

A bola, neste momento, está com o Manchester City. O clube vive o problema de estar fisicamente dividido, com alguns executivos em Londres e outros, além do técnico Roberto Mancini, nos Estados Unidos, em pré-temporada - com uma diferença horária de oito horas. Para piorar, Tevez está no meio deste fuso, em Buenos Aires, com a família.

O Corinthians não confia no tal sistema online da CBF e conta com o "horário comercial" como o limite para inscrever o jogador. Ou seja, até as 19h desta quarta-feira, dia em que se encerra o prazo para inscrever jogadores no futebol nacional - 19h de Brasília seriam 23h em Londres, 15h na costa oeste norte-americana.

O Manchester City sabe que Tevez quer sair, que dificilmente aceitaria ganhar menos em outro clube europeu (como está aceitando para jogar no Corinthians) e que a crise econômica que atinge em cheio a Europa dificulta negócios com valores tão altos. Por outro lado, o clube inglês, de volta à Champions League, reluta em perder seu artilheiro e ainda teria até 31 de agosto para negociá-lo com outro time da Europa.

A novela tem data para acabar: será nesta quarta-feira, dia 20 de julho.

ESPN.com.br

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