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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Vendas de notebooks devem crescer 24% este ano

Há pouco mais de um semestre, no final de 2010, era lançada a primeira versão do iPad no Brasil. De lá para cá, muito se falou em tablets e esses produtos começaram a se tornar mais populares. E realmente prometem se consolidar cada vez mais. Mas se engana quem pensa que as vendas de notebooks no Brasil sofreram grande baque.

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) espera um incremento de 24% nas vendas dos portáteis (notebooks e netbooks) este ano, quando comparadas às de 2010. Algo em torno de 9 mil unidades devem ser comercializadas até dezembro. A lógica é simples. Com a ascensão da classe C no país, é comum que os usuários exerguem nestes equipamentos a primeira ou segunda opção de compra. Reforçando que os desktops ainda têm um público cativo, sobretudo aquele que está entrando no mundo virtual. Ou seja, mesmo com a chegada dos tablets ao Brasil, tem espaço para todos. Por enquanto.

A universitária Elisa Berenguer, 19 anos, já tem notebook em casa. Utiliza bastante para entrar na internet e fazer trabalhos, além de ver filmes e seriados. “Ainda não tenho interesse em tablet porque não vejo utilidade e nem acho tão confortável e cômodo assim”, fala.
Já o estudante de ciências da computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Gustavo Stor, 18 anos, quer sim um iPad 2. Ele acredita que existe espaço para ambos. “O notebook é legal para meus projetos acadêmicos. Mas quero um tablet, porque proporciona diversão e entretenimento. Não para digitar trabalhos, pois acho o ângulo de visão dele desconfortável”, pondera.

De acordo com a gerente de notebooks de consumo da HP, Marisa Lumi-Park, os tablets são boas opções para pesquisas rápidas da internet e ultraportabilidade. Porém, o notebook ainda vence em alguns aspectos. A maior diferença está no teclado. “A agilidade muda bastante. Você pode, tranquilamente, escrever um e-mail em um tablet. Agora, é inegável que um notebook é melhor para digitar”, analisa.

Outros pontos apontados são o espaço no disco rígido (o dos tablets é menor) e a bateria (as dos netbooks são mais duráveis). “Ambos têm seu mercado e perfis diferentes”, conclui a gerente da HP, lembrando que existem bons produtos a partir de R$ 1.300.

E qual seria o futuro dessa indústria de mimos tecnológicos? “Vamos ter um único aparelho, que vai interagir com objetos de casa. O avanço da tecnologia vai exigir conexões ultra-rápidas”, prevê o chefe de negócios do Centro de Estudos Avançados do Recife (Cesar), Eduardo Peixoto.

Enquanto esse futuro não chega, o Informática traz, nesta edição, os lançamentos de notebooks das principais empresas do segmento. Entenda, também, as transformações do segmento, tendências para o futuro e dicas para cuidar bem do seu aparelho.

Entrevista >> Fabiana Marcon
(Diretora de marketing da Dell Brasil)

As tecnologias não se substituem. Pelo contrário, são complementares. Este é o pensamento da diretora de marketing da Dell Brasil, Fabiana Marcon. Ela também diz que os consumidores estão mais exigentes e o preço deixou de ser o único elemento avaliado na hora da compra.

Qual o perfil do público que compra notebooks?
Nosso público é bem diversificado e, por este motivo, a empresa oferece produtos que atendam às necessidades de cada consumidor. Para o mercado de consumidor final, a Dell foca em três principais categorias e perfis: gamers, famílias e geração Y. Além disso, atualmente, a empresa percebe que os consumidores estão mais exigentes e procurando por produtos mais sofisticados. O preço não é mais o único elemento de decisão na hora de comprar. As pessoas procuram muito mais um produto que se identifiquem e que atenda às suas necessidades.

Quais os modelos mais procurados?
Os modelos mais populares da Dell são a linha Inspiron (notebooks versáteis) e a linha XPS (ultrafinos) para o público consumidor final.

A popularização dos tablets afetou o mercado de notebooks?
A Dell acredita que daqui a três ou quatro anos, com a evolução tecnológica e com o preço dos tablets mais acessível, é possível que o consumidor passe a optar pelo tablet, diminuindo a venda de PCs. No entanto, essa migração vai depender de uma série de características e funções do tablet para que os PCs sejam substituídos de vez.

Um tablet substitui um notebook?
Neste momento inicial, é pouco provável que os notebooks sejam substituídos, pois os consumidores possuem necessidades diferentes - como produtividade, portabilidade, entretenimento e business - que os tablets ainda não cobrem totalmente. As empresas devem olhar para essa revolução tecnológica de uma maneira positiva, como novos produtos que chegam para acrescentar aqueles já existentes, e não para substituí-los. Nos últimos anos, o mercado brasileiro tem crescido bastante para diferentes tecnologias e serviços.

Entrevista >> Adriana Flores
(Diretora de desenvolvimento de produtos da Positivo)

A tecnologia encanta as pessoas. Os consumidores da classe C, que estão em ascensão, enxergam nos notebooks um objeto de desejo e uso pessoal. Na opinião da diretora de desenvolvimento de produtos da Positivo, Adriana Flores, a redução de preços ajudou a popularizar os produtos.

Qual foi a mudança no perfil do consumidor?
Esse perfil foi mudando ao longo do tempo. As últimas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que existe uma penetração de mais de 36% dos computadores nas residências brasileiras. Os incentivos fiscais e a alta oferta colaboraram com a redução dos preços. Quem começou a comprar desktops há alguns anos, agora quer ter um notebook para uso pessoal. Ele tornou-se a primeira opção do consumidor.

E os tablets?
São interessantes. Porém, ainda são desconhecidos do grande público. A falta de diversificação de modelos também atrapalha. Ele é adquirido como segundo produto, por quem já possui um computador.

Fale um pouco mais dos notebooks da Positivo.
Atendemos perfis diferentes de consumidor. Temos mais de 50 modelos de notebooks, com preços a partir de R$ 999. Os aparelhos da linha Premium saem bastante e custam, em média, R$ 1.299.

Marisa Lumi-Park, gerente de
Notebooks de Consumo da HP.
FOTO: HP/Divulgacao
Entrevista >> Marisa Lumi-Park
(Gerente de notebooks de consumo da HP)

Quanto custa um notebook razoável? A gerente de notebooks de consumo da HP, Marisa Lumi-Park, acredita que existem bons produtos a partir de R$ 1.300. Para ela, o mercado deve apostar forte no entretenimento para atrair os clientes.

Qual o grande diferencial entre notebooks e tablets?
A principal diferença está no teclado. Não é confortável digitar um trabalho ou um e-mail longo em um tablet. O disco rígido dos notebooks possuem mais espaço e eles também tem uma bateria com maior duração.

Qual o futuro dos notebooks?
A HP defende que devemos investir mais em entretenimento. Atualmente, esses aparelhos são utilizados não só para trabalho, mas também para diversão. A nossa linha Pavillion, por exemplo, vem com saídas HDMI para passar as imagens para um televisor.

O que você acha dos ultrafinos?
Acredito que é um design diferenciado, mas que encarece muito o produto. Não acho que seja a realidade da maioria dos brasileiros, neste momento. Por R$ 1.300 dá para comprar um notebook razoável. Vale lembrar que nem sempre o mais barato é o que tem melhor custo-benefício.

Entrevista >> Willen Puccinelli
(Gerente de marketing da linha Sony Vaio)

Willen Puccinelli, gerente de marketing da
 linha VAIO de notebooks da Sony Brasil.
FOTO: Sony/Divulgacao
Algumas dicas são fundamentais para escolher o modelo ideal. O gerente de marketing da linha Sony Vaio, Willen Puccinelli, tem algumas orientações para os consumidores. É importante, também, saber cuidar do aparelho, depois da compra.

Quais as dicas para quem vai comprar um notebook?

Observar como o equipamento vai ser utilizado. Se a pessoa viaja muito, ela deve se preocupar com mobilidade, então peso e tamanho do modelo fazem diferença. Já quem só vai usar o notebook em casa não precisa ter essa preocupação. Outros aspectos a serem observados: tempo de garantia e tecnologias que facilitem a vida do usuário.

E depois de adquirido o produto?
Limpar, periodicamente, o teclado e a tela com um pano úmido. Proteger o aparelho de quedas, com mochilas e capas. Ele não deve ficar muito tempo exposto ao sol, porque isso afeta a bateria.

E a Sony, como está trabalhando o mercado de notebooks?
Nossa linha Vaio é muito bem recebida pelo público. De um modo geral, nossos produtos são estruturados em três pilares: design, inovação tecnológica e facilidade. Nossos acabamentos são bonitos, com uso de fibra de carbono, que deixam os modelos mais resistentes. Outros recursos, como 3D, Full HD e leitor de Blu-Ray são explorados pela empresa.

Por Thiago Neres, da equipe do Diario

Um comentário:

Gustavo Tylor disse...

Adorei o artigo, estou fazendo pesquisa em varias lojas, tanto fisícas quanto virtuais, é difícil pois queremos realmente comprar o certo, me interessei especialmente por uma que um amigo me indicou que é esta.
http://www.lojasmm.com/vit_c/10/Notebooks.aspx
Deixo como indicação também para quem quiser :)
Grande abraço!