
Entre os credores de Clodovil, há gente famosa, como a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), desafeto número um. A petista quer receber R$ 200 mil do falecido. Há gente anônima, como o advogado Renato Moreira Menezello. Ele alega ter trabalhado para o artista, que morreu sem lhe pagar uma suposta dívida de R$ 45 mil. A prefeitura de Ubatuba reivindica quase R$ 200 mil a título de IPTU atrasado de um imóvel que ele tinha no município. A ex-vereadora de São Paulo Claudete Alves da Silva também está de olho no inventário do ex-deputado. Almeja cerca de R$ 30 mil porque foi ofendida por ele.
Até a Câmara enviou um ofício à 4ª Vara da Família e das Sucessões da Justiça de São Paulo avisando que precisa de dinheiro para mexer no apartamento funcional em que Clodovil morava, no Bloco I da 202 Norte. No documento, assinado pelo diretor de Coordenação de Habitação, Carlos Laranjeiras, consta que o ex-deputado fez reformas no imóvel sem a autorização da administração e que será necessário retirar espelhos, bancadas e até uma banheira exótica para deixar o apartamento no padrão original. Laranjeiras também afirma que manter o apartamento vazio até que o processo do inventário seja concluído causa prejuízos ao Poder Público e esse dano tem de ser ressarcido pelo espólio do finado.
Uma conta feita pelos advogados de Clodovil revelou que o estilista deixou mais dívidas do que bens. Como se não bastasse, apareceu até um parente que pediu à Justiça uma fatia do bolo da partilha. Ele tem sobrenome Hernandes, mas até agora não provou ter vínculo familiar com Clodovil. “Ainda não sabemos o valor do inventário, mas posso afirmar que muita gente está pedindo dinheiro sem ter direito. Acho que os pagamentos serão feitos pela ordem de habilitação”, ressalta o advogado Leandro Sulmoneti, do escritório que defende os interesses do ex-deputado.
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