Super câmera lenta: o dispositivo criado no MIT consegue registrar, quadro a quadro, a evolução de um feixe de luz atravessando uma garrafa de um litro (Media Lab/MIT) |
Velten foi orientado por Ramesh Raskar, o mesmo que ajudou no projeto que vai permitir exames de vista pelo celular, desenvolvido pelo brasileiro Vítor Pamplona, no MIT.
Em inglês, os criadores da super câmera lenta explicam como o sistema funciona:
A configuração da câmera é completamente diferente das convencionais. A abertura da máquina é uma fenda estreitíssima, por onde entram as partículas de luz, ou fótons. De acordo com os cientistas, o modo como os fótons entram e são desviados na câmera permitem a produção apenas de uma imagem unidimensional. Para análises químicas, isso é irrelevante.
Contudo, para uma câmera de vídeo, essa é uma tremenda desvantagem. Os vídeos precisam de duas dimensões (altura e largura) para gerar corretamente imagens que os seres humanos possam reconhecer. Para fazer isso, os professores do Media Lab repetem a cena a ser filmada (como a luz atravessando uma garrafa) diversas vezes capturando o momento de diversos ângulos diferentes. Isso garante a construção de uma imagem de duas dimensões.
Para isso, os pesquisadores precisam sincronizar a câmera e o laser que gera o pulso de luz para que o tempo de exposição seja o mesmo em todos os registros. Todo esse esforço requer uma bateria de equipamentos óticos de precisão e extremo controle mecânico. A luz demora apenas um nano segundo — a bilionésima parte de um segundo — para atravessar uma garrafa, mas é preciso uma hora para coletar todas as informações para o vídeo final. Por isso, Raskar brinca que a câmera também é chamada "a mais lenta câmera rápida do mundo".
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