Um dos investigados é o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, que teria recebido propinas da empresa nos anos 90, em um ato de corrupção cujas provas estariam presentes nos documentos do caso.
A nota ainda afirma que Blatter vai tornar os arquivos públicos "apesar do fato de que medidas legais tenham sido tomadas por uma das partes envolvidas". O trecho é uma menção velada a Teixeira e seu ex-sogro, o ex-presidente da Fifa João Havelange, cujo nome também estaria no caso de propinas da ISL. Ambos estariam tentando barrar a divulgação dos documentos com base no argumento que o processo, encerrado em 1990, garantia sigilo aos envolvidos.
divulgará documentos que provam corrupção de dirigentes |
Blatter também afirma que recebeu "apoio total" do comitê executivo da Fifa para publicar os documentos. Caso seja provado culpado, Teixeira deve ser expulso do comitê, o que também barraria uma eventual candidatura à presidência da Fifa em 2015. O presidente da CBF apoiou o adversário de Blatter nas eleições deste ano, Mohamed bin Hammam, e ganhou a inimizade do suíço - que agora apoia Michel Platini, presidente da Uefa, para ser seu sucessor na Fifa.
"A Fifa tem trabalhado intensivamente nas últimas semanas com seus advogados para sermos capazes de publicar o arquivo da ISL na próxima reunião do comitê executivo, no Japão, em 17 de dezembro", afirmou Blatter na nota oficial.
"Era meu grande desejo tornar o arquivo da ISL totalmente transparente nesta reunião. Fui avisado agora que, como resultado da objeção de uma terceira parte a tal transparência, levará mais tempo para superarmos as barreiras legais. Isso não muda minha postura. Permaneço comprometido a publicar os documentos assim que possível, como uma parte importante dos meus muitos planos de reforma para a Fifa, que incluem cuidar do passado assim como preparar a futura estrutura da organização", discursou.
Jornal do Brasil
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