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domingo, 25 de dezembro de 2011

Por que o trabalho voluntário pode contar pontos no currículo

A grande maioria dos estudantes universitários não tem uma vasta experiência profissional para listar no currículo. É nessa hora que o trabalho voluntário pode ser boa opção para quem deseja se envolver com uma causa social e ainda ter um valioso aprendizado, tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional.
Segundo Adriana Gomes, coordenadora do ESPM Carreiras, as atividades desenvolvidas no trabalho voluntário podem contribuir - e muito - para o desempenho do estudante em seu programa de estágio ou trainee. “Em um estágio, o estudante entra em contato com a rotina de trabalho. Já no voluntariado ele desenvolve competências que poderão ser utilizadas no dia a dia profissional,” diz ela. “Essa experiência conta pontos para o desenvolvimento de iniciativa, capacidade de lidar com pessoas diferentes e habilidade de comunicação.”

Juventude engajada - Presente em 7 cidades brasileiras, a ONG Sonhar Acordado promove eventos e encontros para ajudar crianças carentes. O que diferencia o trabalho da organização de outras iniciativas é que, para participar, é preciso ter entre 15 e 30 anos. Roberta Sampaio, diretora de voluntários da ONG, explica que o limite de idade tem como objetivo envolver a juventude nos problemas sociais e criar atividades interessantes tanto para as crianças quanto para os voluntários.

Segundo Roberta os jovens mais engajados, que participam dos projetos mensais, aprendem muito. “Os voluntários passam por um processo de um desenvolvimento de liderança e formação de valores. Além disso, aprendem a trabalhar em grupo, lidar com altas cargas de responsabilidade e falar em público”, diz ela.

Unindo o útil ao agradável - Estudante do 5° ano de Engenharia de Produção, Arthur Junghans, é um dos 300 voluntários que participam mensalmente das atividades organizadas pela Sonhar Acordado. Além de fazer parte da coordenação do Amigos para Sempre, projeto que leva mais de 3000 crianças para passar o dia em um parque de diversões, o universitário faz estágio na área de supply management da Unilever.

Artur conta que seu trabalho como voluntário foi um grande aprendizado. Ele não só ajudou as crianças, mas também teve a chance de desenvolver competências como adaptação, relacionamento interpessoal e capacidade de comunicação. “Expressar minhas ideias, pedir instrução e falar em público são habilidades que eu desenvolvi no Sonhar Acordado. Eu era muito tímido, aprendi a trabalhar minha comunicação.”

Quando estava procurando um estágio, o estudante de Engenharia conta que nunca deixou de incluir o trabalho voluntário no currículo, e sabia da importância de detalhar suas funções para ter sucesso em uma seleção. “Ter participado dos projetos da Sonhar Acordado me ajudou tanto a ser escolhido no processo seletivo, quanto no dia a dia do trabalho. No trabalho voluntário, tive que entrar em contato com empresas, organizar eventos e resolver problemas, sempre lidando com pontos de vista diferentes. É muito parecido com o ambiente de uma empresa.”, conclui.

Ana Luiza Jimenez

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