Hoje o pernambucano do Exu completaria 99 anos.
Talvez seja o maior artista brasileiro de todas as artes. Será? Creio que seja. Mas é besteira essa coisa de medir grandezas do gênero.
Foi grande. E pronto.
O homem praticamente inventou a ideia que se tem hoje de Nordeste. Tanto para os nordestinos quanto para os sudestinos.
Inventou o artista quase completo. O cara que pensa do figurino à formação sanfona, zabumba, triângulo -como o rock´n´roll vingou com o seu clássico guitarra, baixo e bateria.
Nesse aspecto, Chico Science lembrava muito Gonzaga. Era ligado na simbologia do traje e na possibilidade de reinventar um Nordeste moderno, donde criou o mangue bit.
Com o cearense Humberto Teixeira, Luiz fez o baião. A história da parceria pode ser vista no filme “O Homem que engarrafava nuvens”, de Lírio Ferreira, um documentário musical e tanto.
Uma grande sabedoria de Gonzagão era escolher parceiros: os Zés –Dantas e Marcolino-, Patativa do Assaré, Dominguinhos... Só o filé da carne de sol no varal da memória.
Chapei desde a primeira vez que ouvi a voz do homem. Inesquecível: “Assum Preto”. Aquela história triste, sertão do algodão-blues, que não sai nunca mais da cabeça.
Rádio Araripe do Crato. Tocava uma de Gonzaga e uma dos Beatles, sequência bem comum nos anos 70 –meu Cariri sempre na vanguarda!
Por razão afetiva, talvez, continuo achando “Assum Preto” a mais bonita das músicas do repertório do gênio. Bate "Asa Branca", mas aí é a tal questão de gosto, que aqui no blog discutimos demoradamente, com cerveja ou aguardente.
Outra de lascar de dor é "A triste partida", de Patativa do Assaré: "Nós vamos a São Paulo que a coisa tá feia..."
Das divertidas fico com "Dezessete e setecentos" e "Siri jogando bola".
No capítulo das safadezas, escolho "Karolina com K", "Cintura Fina" e "Xanduzinha".
De amor com boniteza: "Sabiá" e "Légua Tirana".
E por ai seguimos... E você amigo(a), quais as suas preferidas?
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