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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O Bate Boca Continua

Sérgio Guerra dá corda, Armando engole

E continua a pancadaria entre o senador Sérgio Guerra (PSDB) e o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB), ambos pré-candidatos ao Senado em 2010. Não entendo porque AMN fica engolindo a corda de SG dessa forma. Um político experiente como Armando deveria saber que Guerra está puxando ele para baixo, com um debate tão rasteiro como esse que está sendo travado.

De qualquer forma, seguem abaixo os principais pontos da entrevista que Armando concedeu, hoje, à CBN.

“A insinuação de um senador pigmeu, pequeno”
(Sobre Guerra perguntar “Onde está o dinheiro”) – Isso é uma insinuação absolutamente capciosa, malévola, que só um senador pequeno, pigmeu, pode fazer. O que é que tem a ver a minha posição como presidente do partido com um problema que ocorra numa área da administração estadual? E, a rigor, essas questões lá relacionadas com a Empetur estão já entregues aos órgãos de fiscalização, ao Ministério Público, ao TCE, à Polícia Federal. Cumpre a esses órgãos esclarecerem o que é que aconteceu. E quem tiver responsabilidade, seja de que partido for, terá que ser punido exemplarmente. O que é que eu tenho com isso? Que fato concreto pode me relacionar a esses acontecimentos?

“E o Rodoanel, e o Detran de Yeda Crusius, e o mensalão mineiro?”
(Sobre Sérgio Guerra cobrar explicações de shows) – Seria o mesmo que eu tentar debitar ao presidente nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra, as denúncias que envolvem o Rodoanel em São Paulo, que é um estado governado pelo PSDB; seria o mesmo que perguntar para ele para onde foi o dinheiro do Detran lá do Rio Grande do Sul, que é governado lá pela governadora Yeda Crusius; seria o mesmo que perguntar ao senador Sérgio Guerra como é que ficou a questão do mensalão lá de Minas Gerais, que envolve o ex-presidente e ex-governador do partido, do PSDB, o Eduardo Azeredo; seria o mesmo que perguntar ao senador onde está o dinheiro público por uma eventual falcatrua de uma prefeitura, dentre as centenas de prefeituras que o partido tem no Brasil. Portanto, isso é uma falácia, é um jogo político baixo, grosseiro.

“O que interessa é emprego e oportunidades para os pernambucanos”
(Sobre o conflito com Guerra, iniciado com a entrevista deste ao Diário de Pernambuco, domingo) – O povo de Pernambuco não quer essa discussão baixa. O que se discute hoje é o momento de Pernambuco, é o que cada parlamentar tem que fazer para promover os interesses do Estado, para assegurar aos pernambucanos o emprego, as oportunidades, essa é a política que se deve fazer.

“No domínio da ética, o senador terá sempre muita dificuldade de se colocar”
(Sobre os ataques de Guerra) – Mas ninguém pode ter dimensão sem ter. O senador é pequeno, ele faz essa política rasteira, ele iniciou essa briga por conta de questões menores, relacionadas com problemas com o deputado Silvio Costa, que entrou num município dele, lá na Mata Norte, ou seja, é um coronel, é um velho coronel apegado a essas práticas políticas menores. Eu fiz de maneira dura essa reação porque efetivamente a minha honra e a minha dignidade pessoal eu não permito que elas possam ser atingidas por ninguém, muito menos por uma figura desqualificada como o senador Sérgio Guerra, que teve envolvimento em episódios deprimentes relacionados com a CPI dos Anões do Orçamento. Isso está registrado nos anais do Congresso Nacional. Quem quiser saber que tipo de denúncia, na época, envolvia o senador Sérgio Guerra, basta consultar os anais do Congresso Nacional. Portanto, no domínio da ética pública e da ética política, o senador terá sempre muita dificuldade de se colocar. Ele não pode dar lições a ninguém porque o passado dele não lhe autoriza, não lhe credencia a fazer.

“Tive votações crescentes”
(Sobre Guerra ter dito que Armando é um deputado apagado, apesar de estar há 7 anos na lista do Diap) – Portanto, eu estou absolutamente à vontade. O povo de Pernambuco me conhece, a minha avaliação parlamentar quem faz é o povo de Pernambuco, quando me concedeu votações crescentes em todos os pleitos, me fazendo no último (na eleição de 2006) o deputado federal mais votado de Pernambuco.

“Tenho ajudado Pernambuco. É minha obrigação”
(Sobre o papel de Armando na CNI) – Como presidente da Confederação Nacional da Indústria, eu tenho ajudado Pernambuco. É a minha obrigação. Por que é que o Senai ampliou as suas ações em todas as regiões de Pernambuco? Por que triplicou o número de matrículas? Por que o Senai está formando e capacitando jovens que estão trabalhando no Estaleiro Atlântico Sul, que estão se preparando na refinaria de petróleo? Essa é a questão que interessa. E não a política rasteira, a política menor. O senador está é fazendo essa política menor, mas o povo de Pernambuco sabe entender essas coisas e fará o seu julgamento no momento próprio.

“Outra insinuação sem amparo legal ou de natureza ética”
(Sobre acusação de Guerra de uso político da CNI) – Isso é uma falácia. Primeiro, a legislação me permite ser parlamentar e dirigente de uma entidade sindical. Eu tenho a prerrogativa legal de poder, como parlamentar, ser dirigente de uma entidade sindical. A entidade pode promover a divulgação institucional das suas ações. Todo o Sistema S no Brasil divulga as suas ações, em São Paulo, no Paraná, em Sergipe, em Santa Catarina…A lei lhe faculta promover a divulgação institucional das suas ações. Em Pernambuco, o Sistema promove uma campanha de divulgação das suas ações. O presidente do sistema regional, Jorge Corte Real, que é quem conduz a campanha, dá um depoimento dizendo do apoio que tem recebido do presidente da Confederação Nacional da Indústria e me convida a dar um depoimento no vídeo institucional da entidade. Eu quero saber qual é a transgressão? Como eu posso estar violando a lei? Esse não é um ano eleitoral. E outra coisa: soa ridículo num país onde há o instituto da reeleição, onde os governantes pode se recandidatar sem se desincompatibilizar, todo governante pode divulgar as suas ações, pode se associar às ações que realiza. Um parlamentar que é secretário de Estado pode promover as ações de sua pasta. Por que, como dirigente sindical, eu não poderia, legitimamente, me associar ao trabalho que faço dentro do escopo rigoroso das atividades regulamentares que essas entidades promovem? Então essa é uma acusação mesquinha, rasteira, de alguém que faz a política com esse espírito, com esse espírito rancoroso, esse espírito menor. Portanto, é outra das insinuações e das acusações que eu repilo por estar inteiramente destituída de qualquer amparo de natureza legal ou mesmo de natureza ética.

“Tudo tem origem numa entrevista do senador pigmeu”
(Pergunta sobre se moverá ação judicial contra Guerra) – Olha, são duas coisas. Primeiro, o espaço público. Quando alguém investe ou pretende investir contra a sua honra, você tem o direito legitimamente de poder responder. Tudo isso tem origem numa entrevista que o senador pigmeu concedeu, domingo, a um jornal de Pernambuco, fazendo insinuações, ele não assume nada, ele não aponta um fato sequer, ele é incapaz de colocar alguma questão que me toque diretamente, mas faz insinuações, ameaças veladas. Portanto, eu tive o direito de no espaço público me defender. Essa questão da interpelação judicial é efetivamente uma hipótese, eu poderei fazer isso. Evidentemente, para resguardar a minha honra pessoal, eu posso fazer. No momento próprio eu vou examinar essa questão.

“O senador tem um know how de CPI. Ele frequentou a dos Anões do Orçamento”
(Sobre Guerra ter dito que vai defender a CPI dos Shows) – Isso é uma brincadeira. Ele pode propor qualquer CPI, aliás, o senador tem um know how de CPI. Ele frequentou, aí sim, no banco dos réus, a CPI dos Anões do Orçamento, a CPI de triste memória. Ele pode, sim, propor uma CPI, de festas, do que ele quiser propor, é um direito que ele tem, Portanto, não me cabe nem analisar isso aí. Mas ele pode fazer, sim, em qualquer tempo ele pode requerer essa CPI.

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