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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tempo esquenta entre Armando Monteiro e Sérgio Guerra


Do Diario de Pernambuco

A mais de um ano da eleição, dois pré-candidatos ao Senado trocam farpas pela imprensa. Um dos nomes cotados para integrar a chapa governista, o deputado Armando Monteiro Neto (PTB) reagiu à entrevista do senador Sérgio Guerra (PSDB), que tentará a reeleição pela oposição, publicada ontem pelo Diario. Em resposta ao tucano, Armando disse que o passado do adversário não lhe confere autoridade para 'fazer ameaças veladas e acusações vazias' e desafiou o senador a 'apontar, de maneira frontal e direta', qualquer fato que pudesse macular a sua vida pública.

Segundo Armando, esperava-se que o tempo e as funções públicas que Guerra ocupa o tivessem levado 'a um outro patamar em termos de conteúdo e da forma de fazer política'. O deputado destacou o envolvimento do senador 'em episódios deprimentes e escandalosos, devidamente registrados nos anais do Congresso Nacional' e engrossou o tom ao afirmar que 'se, para alguns, Sérgio Guerra deixou de ser o anão do orçamento, para muitos ele continua sendo um pigmeu'.

Na entrevista ao repórter do Diario Josué Nogueira, Guerra falou pela primeira vez sobre as denúncias de superfaturamento e shows fantasmas atribuídas à Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), que culminaram com a queda do ex-secretário de Turismo Silvio Costa Filho (PTB). Sérgio Guerra foi citado, nos bastidores, como o 'mentor' das denúncias. Ele teria autorizado a divulgação do 'dossiê' após uma discussão com o deputado federal Silvio Costa (PTB), pai do ex-secretário, sobre o assédio de governistas a bases tucanas.

Vai reagir

Ao Diario, Sérgio Guerra disse que Silvio Costa e seu filho são apenas 'subitens' do problema e que novas denúncias vão aparecer. Afirmou que há uma troca de favores para a liberação de verbas do Ministério do Turismo e que 'é claro que esses recursos estavam sendo usados para campanha eleitoral'. Avisou, ainda, que se avançarem sobre suas bases vai reagir. E mencionou especificamente a legenda de Armando Monteiro quando questionado se havia indícios de que algum partido estaria sendo mais beneficiado. 'O Ministério foi do PTB, passou um tempo com a ex-ministra Marta Suplicy (PT) e agora, acho, está administrado pelo PT. Mas evidentemente tudo sofre influência da Casa Civil, que até ontem era de José Múcio, que era do PTB (José Múcio, hoje no TCU, era ministro das Relações Institucionais). Mas José Múcio, do meu ponto de vista, é uma pessoa honesta'.

Quando perguntando se haveria interesse da oposição em atingir o deputado Armando Monteiro Neto com as denúncias, já que ele é pré-candidato ao Senado, Sérgio Guerra foi enfático: 'O PTB está nessa, mas Armando vai esclarecer tudo.''

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